Primeiramente vamos verificar a interface de rede que iremos configurar:
# ip addr
O "ip addr" é o sucessor do antigo ifconfig, que por padrão não vem mais nas distribuições ramificadas da Red Hat, e no meu caso retornou as seguintes informações:
A placa física que normalmente se chamaria eth0 ou eth1 está nomeada como enp0s3. É ela que vou configurar com os padrões da rede do meu lab.
Primeiramente edite o arquivo
/etc/sysconfig/network-scripts/ifcfg-nomedaplaca:
# vi /etc/sysconfig/network-scripts/ifcfg-enp0s3
Configurando a placa em DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol)
Para configurar a placa em modo DHCP para que a mesma obtenha um endereço dinâmico automaticamente basta deixar as configurações semelhantes ao bloco a seguir:
TYPE=Ethernet
BOOTPROTO=dhcp
DEFROUTE=yes
PEERDNS=yes
PEERROUTES=yes
IPV4_FAILURE_FATAL=no
IPV6INIT=yes
IPV6_AUTOCONF=yes
IPV6_DEFROUTE=yes
IPV6_PEERDNS=yes
IPV6_PEERROUTES=yes
IPV6_FAILURE_FATAL=no
NAME=enp0s3
UUID=610254c7-6b51-48de-9e5b-c07dff952408
DEVICE=enp0s3
ONBOOT=yes
Configurando a placa com um endereço estático
Para configurar a placa com um IP estático, primeiro vamos editar o arquivo
/etc/sysconfig/network-scripts/ifcfg-placa e colocar as seguintes configurações adicionais no arquivo:
TYPE=Ethernet
BOOTPROTO=static
IPADDR=192.168.1.66
NETMASK=255.255.255.0
DEFROUTE=yes
PEERDNS=yes
PEERROUTES=yes
IPV4_FAILURE_FATAL=no
IPV6INIT=yes
IPV6_AUTOCONF=yes
IPV6_DEFROUTE=yes
IPV6_PEERDNS=yes
IPV6_PEERROUTES=yes
IPV6_FAILURE_FATAL=no
NAME=enp0s3
UUID=610254c7-6b51-48de-9e5b-c07dff952408
DEVICE=enp0s3
ONBOOT=yes
Passaremos como argumento para o parâmetro IPADDR o endereço de IP que queremos colocar na nossa placa e no NETMASK nosso endereço de sub-rede.
Configurando o Hostname e o Gateway
Para definir o nome do host, que por padrão vem definido como localhost, precisamos editar o arquivo
/etc/hostname:
# vi /etc/hostname
As configurações de host e domínio do CentOS e do Red Hat vem no padrão hostname.dominio.
No nosso caso irei configurar somente o hostname, alterando o parâmetro localhost.localdomain para servidorteste.localdomain.
Agora vamos editar o arquivo
/etc/sysconfig/network:
# vi /etc/sysconfig/network
# Created by anaconda
NETWORKING=yes
HOSTNAME=servidordeteste
GATEWAY=192.168.1.1
Caso não existam, crie as linhas acima de forma que o HOSTNAME seja o nome da sua máquina e o GATEWAY o IP do seu Gateway e/ou roteador.
Configurando os servidores de DNS
Agora vamos configurar os servidores que vão servir de resolução de nomes para nosso servidor. Por padrão, eu sempre configuro como preferencial o servidor DNS da minha rede e como secundário o do Google (8.8.8.8), porém no exemplo vou estar utilizando o preferencial e secundário como o do Google.
# vi /etc/resolv.conf
# Generated by NetworkManager
# Coloque o search somente se houver um domínio na rede.
search localdomain
nameserver 8.8.8.8
nameserver 8.8.4.4
Agora vamos reiniciar o serviço de rede:
# /etc/init.d/network restart
Se tudo ocorrer bem, a mensagem de Ok será apresentada. Se não, revise as configurações colocadas em busca de erros de sintaxe e suas configurações de rede.
# /etc/init.d/network restart
Restarting network (via systemctl): [ OK ]
Agora vamos consultar as configurações da interface para ver se ela puxou o endereço estático que colocamos:
# ip addr
1: lo: <LOOPBACK,UP,LOWER_UP> mtu 65536 qdisc noqueue state UNKNOWN
link/loopback 00:00:00:00:00:00 brd 00:00:00:00:00:00
inet 127.0.0.1/8 scope host lo
valid_lft forever preferred_lft forever
inet6 ::1/128 scope host
valid_lft forever preferred_lft forever
2: enp0s3: <BROADCAST,MULTICAST,UP,LOWER_UP> mtu 1500 qdisc pfifo_fast state UP qlen 1000
link/ether 08:00:27:97:08:f5 brd ff:ff:ff:ff:ff:ff
inet 192.168.1.66/24 brd 192.168.1.255 scope global enp0s3
valid_lft forever preferred_lft forever
inet6 fe80::a00:27ff:fe97:8f5/64 scope link
valid_lft forever preferred_lft forever
Fonte: