Editor de padrões
Aqui é o lugar onde vamos construir nossa sequência. Cada peça será chamada no tempo e no lugar do compasso da música.
Neste momento é bom lembrar que conhecer sobre compasso musical é importante. As diferenças entre compassos irão ajudar por demais.
Observe a imagem abaixo:
- Qual pattern este editor está trabalhando;
- Qual o nome do pattern;
- Quantas divisões terá o compasso. Observe que este é um compasso de 4 tempos. Entre um tempo e outro existem duas divisões. Teremos então um tamanho de 8;
- Qual a resolução da grade entre os tempos do compasso. Quanto maior a divisão, mais fácil fica de colocar contratempos, ou seja, peças que não seguem o tempo do compasso. Se for uma música que não tenha contra-tempos, pode ser 8 ou 16;
- Ouvir novas notas, gravar eventos do teclado/midi e quantizar eventos do teclado midi na grade - serve para gravar e mostrar as notas que são adquiridas através de um equipamento (sampler ou teclado) que usa a tecnologia MIDI (vamos falar sobre MIDI posteriormente).
- A grade mostra as peças, os tempos do compasso. É nesta interface que serão colocadas as peças.
Observe a imagem abaixo:
Eu coloquei o kick/bumbo sendo executado no primeiro tempo do compasso, depois na metade do segundo e no terceiro.
Coloquei depois uma caixa no segundo tempo do compasso e depois na metade do terceiro tempo.
É só clicar na posição para que o editor entenda que você está inserindo uma peça ali.
Para executar a sequência basta clicar no play na parte inferior da interface do Hydrogen.
Kit de bateria
O Hydrogen dispõe de alguns presets/kits de bateria. Cada kit tem uma característica específica. Lembre-se que o som de uma bateria de uma música tecno é diferente de um axé, ou de um rock.
Nesta janela é possível escolher qual kit será usado. Observe a imagem abaixo:
É possível construir kits personalizados, alterando as configurações de equalização das peças e depois salvar. Pode-se também baixar kits prontos no
site do Hydrogen.
Editor de instrumento
O editor de instrumento trabalha em conjunto com o editor de bateria. Nele é possível alterar a mixagem e equalização de cada peça individualmente, ou até mesmo colocando uma peça de um sampler sobrepondo o som original.
A edição de cada peça deve ser feita com bastante cuidado para que o som seja compatível com o estilo musical no qual está sendo feito a música. Imagine uma bossa nova com uma bateria tecno, não dá, pelo menos inicialmente, a não ser que se queira fazer um remix, ou algo parecido.
Observe a imagem abaixo:
Considerações finais
No decorrer desta sequência de artigos, montaremos algumas baterias. Veremos que uma bateria "eletrônica", se bem configurada e editada, não faz feio não.
Até o próximo artigo.
Sobre o autor
Hermes Nunes Pereira Júnior, o
hnpjunior, trabalha com Linux desde 1997, quando conheceu o Conectiva 3, cujo codinome era "Guarani". Hoje trabalha com o Debian Etch. Tem artigos escritos no Viva o Linux, na
Revista Fedora Brasil, além de ser editor do site
GNU-Lia, que aborda o uso de softwares livres para edição de áudio e vídeo. Está desenvolvendo um curso de teoria e prática musical a distância usando softwares livres.