Suporte do Kernel
A opção do kernel: CONFIG_EFI_PARTITION, deve ser definido para 'y', para ativar o suporte à partição EFI (o kernel de algum tempo para
cá, já traz esta opção habilitada por padrão, mas achei por bem destacá-la aqui, para alertar os usuários de kernels customizados), se necessária for.
A ativação deve ser feita pelo método Built-in, pelo método de módulo carregável <M> não surtirá efeito. Você pode checar se a opção
está ativada em seu kernel através do comando:
# zgrep CONFIG_EFI_PARTITION /proc/config.gz
Se o sistema retornar:
CONFIG_EFI_PARTITION=y
. . .Tudo estará OK.
Esta opção é necessária mesmo se discos, que forem formatados em GPT, sejam usados apenas para armazenamento de dados e não para
iniciar o sistema.
Suporte do carregador de Boot:
1. GRUB Legacy ou o GRUB tradicional não oferecem suporte a GPT.
2. O jurássico
LILO então, nem seria necessário mencionar, o faço por puro sarcasmo.
3. O
GRUB2 tem a capacidade de iniciar discos GPT, tanto em Hardwares com BIOS, como em sistemas baseados em UEFI.
Todos comandos referentes a partições permanecem relativamente os mesmos exemplo: (hd0, 8)). Apenas siga a documentação de sua
distribuição. Como essa configuração está fora do escopo do artigo não entrarei em detalhes sobre a mesma.
4. A dupla Syslinux / Extlinux, támbem oferecem suporte a GPT. Mesmo caso acima consulte na documentação de sua distribuição.
Utilitários de Particionamento
- GPT fdisk
GPT fdisk é um conjunto de utilitários, em modo texto, para editar discos GPT de edição.
Consiste em 'gdisk', 'sgdisk' e 'cgdisk', que são equivalentes às ferramentas fdisk (usadas para discos MBR). Consulte em sua distribuição.
No
Arch Linux (como não poderia deixar de ser) por exemplo, o nome do pacote é: gptfdisk (não deve ser muito diferente nas
outras).
Nota importantíssima: Os utilitários de particionamento 'fdisk' (ou seja: 'fdisk', 'cfdisk' e 'sfdisk') não suportam GPT.
- Converter de MBR para GPT
Uma das melhores características do 'gdisk', é sua capacidade de converter MBR e "disklabels" BSD para GPT, sem perda de dados. Após a
conversão, todas as partições MBR primárias e as partições lógicas, se tornam partições GPT com os GUIDs de partição corretos e GUIDs (UUIDS),
criadas para cada partição.
Para tanto, basta abrir o disco MBR usando 'gdisk'. * Cuidado para qualquer erro. Corrija os mesmos de gravar qualquer alteração no disco,
porque você poderá perder dados.
Consulte o 'man gdisk' para entender o funcionamento da ferramenta, ela em si é muito similar ao 'fdisk', com sutis alterações nos
comandos, seja ATENTO.
Sair com 'w' para gravar alterações de volta para o disco (semelhante ao 'fdisk') para converter o disco MBR para GPT
* FAÇA POR SUA CONTA E RISCO, SE ASSIM DESEJAR, SUGIRO UMA NOVA INSTALAÇÃO.
Após a conversão, será necessária a reinstalação do carregador de Boot e configurá-lo para iniciar a partir de um disco GPT.
Nota importante: Lembre-se que o disco GPT armazena uma tabela secundária no final do disco. Você deve ter certeza, de que os últimos 33
setores (do disco) não estejam sendo utilizados por qualquer partição.
Aqui, uma imagem do terminal, mostrando o particionamento de um dos meus HDs migrados para GPT, através do 'gdisk':
Conclusões
Este esboço teve a intenção, apenas, de apontar uma direção, a ser seguida.
Não me vejo sem usar
GNU/Linux, em hipótese alguma. Então, me fiz a seguinte pergunta:
- O que me garante que meu próximo Hardware não será um sistema baseado em UEFI?
Então, tenho de estar preparado para saber como lidar com isso quando essa hora chegar, e acreditem colegas, ela está chegando.
Os dias da velha BIOS estão chegando ao fim e viva a evolução, e principalmente, Viva o Linux.
Claro que posso ter cometido inadvertidamente alguns equívocos, durante a elaboração deste.
Peço desculpas antecipadas.