Slackware 13.37 - Compreendendo o processo de inicialização

Esse artigo é básico a quem queira entender melhor o processo de inicialização dos sistemas GNU/Linux. Conhecendo a sequência na qual o sistema inicia seus processos é possível, por exemplo, iniciar e interromper serviços.

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Por: FLAVIO MOURA em 30/01/2013 | Blog: https://programnt-enm.weebly.com


Testando os níveis de execução



Não é necessário alterar o arquivo /etc/inittab para testar um determinado nível de execução. Como poderemos verificar isso? É fácil, façamos uso do comando init.

Primeiramente, vamos colocar o sistema em modo de usuário único, lembrando novamente que a distribuição utilizada é a citada no título do artigo, o que não impede, logicamente, a aplicações nas demais distribuições.

Basta verificar a função exata ao nível correspondente. Continuando, digite o comando:

# init 1

Agora repita o mesmo procedimento, só que no nível de execução 3:

# init 3

O sistema encerra todos os processos atuais em uso e acessa o nível de execução 3. Na maioria das distribuições, por padrão, o comando init aguarda até 20 segundos antes de encerrar todos os processos e iniciá-los novamente no nível determinado.

Para que a passagem seja feita imediatamente, de um nível a outro, digite o comando novamente com uma variável, conforme o próximo exemplo:

# init -t0 3

É claro que essa variável "-t0" já é sabida da grande maioria dos usuários.

Quer ver algo realmente interessante? Não que o restante não o seja, enfim... vá a nossa tabela, a do Slackware ou do sistema correspondente, e procure pelo nível de execução responsável pelo gerenciador de sessão (modo gráfico).

Pronto? Execute o comando init juntamente com o nível correspondente à tua pesquisa:

# init 4

Opa! É isso mesmo que todos puderam perceber, basta uma pequena alteração em nosso arquivo /etc/inittab para que o sistema passe a iniciar em modo gráfico sem a necessidade do uso de qualquer outro comando para este fim.

É claro que muitos já sabiam disso tudo na prática, porém, poucos usuários, acreditem, saberiam explicar o por quê. Acredito que não será preciso dizer o que ocorreria se ao invés do nível de execução 4. junto ao comando init, utilizássemos o nível 0. Faça o teste.

Conclusão

Na verdade o processo init executa diversos scripts na inicialização do sistema. Ao observarmos, por exemplo, o arquivo /etc/inittab no Debian, veremos logo ao início do arquivo (no Slack 13.34 essa informação encontra-se exatamente nas linhas 27 e 28 do arquivo), a seguinte instrução:

#Boot-time system configuratinon/initilization script.
si::sysinit:/etc/init.d/rcS

A primeira linha é um comentário, e não será lida pelo sistema.

A segunda executa o script /etc/init.d/rcS através do processo init. Esse tipo de script (rcS) executa inúmeras tarefas de inicialização como, por exemplo, a configuração do layout do teclado, configuração do relógio, montagem do sistema de arquivos etc.

O script rcS executa essas tarefas de inicialização chamando outros scripts e lendo arquivos de configuração localizados no diretório /etc/rcS.d.

Parece um pouco complicado, mas nem tanto assim. O script /etc/init.f/rc, quando acionado, executa scripts em um diretório correspondente ao nível de execução.

Por exemplo: Para o nível de execução 2, o script executa os scripts do diretório /etc/rc2.c.

Abraços a todos. Espero que o exposto ajude a entender um pouco mais sobre os elementos que envolvem o processo de inicialização do sistema GNU/Linux.

Referências

  • LINUX - REFERÊNCIA COMPLETA (Livro 05) Introdução a administração básica de sistemas, 3ªEdição editora ALTA BOOKS - Rio de Janeiro 2010
  • Techno Edition Editora Ltda; Linux LPI 101 - Fundamentos. 1ªEdição - São Paulo 2009

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Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. O aquivo /etc/inittab
   3. Testando os níveis de execução
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Comentários
[1] Comentário enviado por lcavalheiro em 30/01/2013 - 18:43h

Boa! Pra galera nova essas são sempre informações importantes. Parabéns!

[2] Comentário enviado por Jvek em 30/01/2013 - 21:32h

Valeu Icavalheiro, a ideia é bem essa mesmo; tem muito gente que se assusta com esse monte de números e letras achando que é um lance de outro mundo; ou algo do gênero, e acaba "desistimulado" a usar a linha de comando nas distros mais tradicionais.., .., mas aqueles que persistem aos poucos vão percebendo que a coisa não é tão complicada assim,.. a rapadura é dura mais é doce fala àê!

Abrç.

[3] Comentário enviado por lcavalheiro em 30/01/2013 - 22:15h

É o que eu falo sempre, só o terminal é GNU / Linux e o Slackware é seu profeta ;-)

[4] Comentário enviado por obernan em 01/02/2013 - 11:01h

Bom artigo, parabéns.

[5] Comentário enviado por Jvek em 01/02/2013 - 18:58h

Valeu obernan!

Abrç.

[6] Comentário enviado por thiagocoelho em 04/02/2013 - 19:08h

Excelente artigo, parabéns!

[7] Comentário enviado por Jvek em 05/02/2013 - 09:26h

Valeu thiagocl! Abrçs. Que bom que a galera, no geral, tem gostado.,,
mais uma vez obrigado.

[8] Comentário enviado por azk em 16/06/2013 - 09:00h

Belo artigo, cara!
Irá ajudar muitos iniciantes em Slackware.


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