As profissões de Técnico em Informática, Analista de Sistemas e correlatas ainda não tem regulamentação legal aqui no Brasil. Está tramitando no Senado Federal um Projeto de Lei que irá afetar a vida dos técnicos, analistas, programadores, administradores de redes, web designers etc.
Regulamentação das profissões na área de informática
Pretendo ser breve neste artigo, até porque ele é mais como informação para que todos os interessados possam acompanhar de perto o Projeto de Lei em questão que irá afetar todos que ganham a vida de alguma maneira através da Informática.
O Projeto de Lei do Senado (PLS) n°00607 que tramita desde 23/10/2007 vai regular o exercício da profissão de Analista de Sistemas e atividades relacionadas com a informática, ou seja, quem trabalha de alguma maneira em alguma atividade relacionada com a informática terá a sua vida afetada, inclusive você que ganha a vida como programador e/ou Web Designer.
Se você conhece um político, é hora de falar com ele, pois estamos em ano de eleições.
Não vou transcrever aqui os artigos do projeto. Quem tiver interesse veja o texto do projeto de Lei, na íntegra, no link relacionado no final.
Há duas correntes querendo decidir sobre como deve ser a regulamentação de quem trabalha com a informática neste país: uma é a do Projeto de Lei em questão que pretende regular a profissão através da qualificação profissional. Mas o projeto também prevê que, quem já trabalha no setor, poderá se beneficiar sem ter a qualificação. Entenda-se por qualificação profissional a formação em cursos superiores e cursos técnicos. O projeto extrapolou suas atribuições ao incluir no texto a criação dos Conselhos Nacional e Regionais de Informática, atribuição esta que é exclusiva do Presidente da República. Todavia, essa parte do texto foi retirada durante a tramitação, mas ficou a dica para o Presidente.
Tais Conselhos seriam criados nos mesmos moldes dos vários já existentes Conselhos Regionais: CRM (Conselho Regional de Medicina), CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), CRC (Conselho Regional de Contabilidade) etc.
Sendo aprovado o projeto e sancionado pelo Presidente da República, a criação dos Conselhos Regionais de Informática será inevitável. No meu modesto modo de ver, isso é uma coisa boa. Abrir-se-ão novos campos de trabalho, agora legalizados. As assistências técnicas deverão ter obrigatoriamente um Analista de Sistemas assinando seus laudos técnicos e pareceres do mesmo modo que uma farmácia precisa de um Farmacêutico responsável, do mesmo modo que um laboratório de química precisa de um Químico responsável, do mesmo modo que uma planta baixa de uma construção precisa da assinatura de um Engenheiro Civil (aliás, as construções civis, após sancionado o projeto, precisarão oficialmente das plantas de redes assinadas por um Analista), pois a Lei determina que essa atribuição é exclusiva do Analista, sendo que o Técnico pode elaborar o laudo ou o parecer, mas não pode assiná-lo (esse é o único ponto que eu tenho contra o referido projeto. Acredito que alguns pareceres o Técnico poderia assinar).
Na prática, os analistas poderão abrir seus próprios escritórios como todo bom profissional liberal.
A outra corrente, liderada pela SBC (Sociedade Brasileira de Computação) defende a autorregulamentação da profissão nos moldes da área de propaganda com o seu CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). A propósito, por ocasião da proibição da propaganda de cigarros nos meios de comunicações em massa (rádio, televisão etc) o CONAR e a ABIFUMO (Associação Brasileira da Indústria do Fumo) foram, na época, os dois únicos órgãos que se posicionaram contra, ou seja, queriam que as propagandas continuassem. Um Conselho de Autorregulamentação, por sua natureza, deve primar pela ética e pela defesa da sociedade. Não fosse o Ministério da Saúde, as propagandas de cigarro não estariam proibidas.
Não sou muito favorável a essa proposta de autorregulamentação na área de informática com meia dúzia de gente ditando e mudando regras como bem querem e decidindo o que é melhor ou não para mim. Acredito que, com leis e regras bem definidas, o setor ficará melhor. Até porque se um dia eu não estiver contente, mas a profissão estiver regulada pelo governo, posso recorrer ao Poder Judiciário ou ao Ministério Público (órgãos ainda de confiança neste País). É claro que, com um conselho de autorregulamentação também poderei fazer isso, mas as regras não serão bem definidas e ficará mais difícil para um Juiz decidir, em caso de pendenga judicial.
Imaginemos agora que já tenha um conselho de autorregulamentação em informática instituído neste País e que, lá pelas tantas, tenha que ser tomada uma decisão na área, decisão esta, análoga em polêmica à proibição da propaganda de cigarro, e que em vez da ABIFUMO, seja a Microsoft fazendo lobby em cima do conselho de autorregulamentação. Lembrando que a área de informática não afeta diretamente a saúde das pessoas.
A ASSESPRO (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação), organização que não prioriza o software livre, está por trás da SBC. Aliás, várias empresas associadas da ASSESPRO são conveniadas com a Microsoft.
A maior alegação da SBC e da ASSESPRO é que o projeto, se for aprovado, criará reserva de mercado. Mas isto não é verdade uma vez que já existe essa reserva de mercado e ela foi criada pelas próprias empresas do setor de TI, pois preferem contratar Analistas com curso superior e Técnicos com curso técnico.
A Aprovação do projeto será benéfica para o setor, mas um conselho de autorregulamentação trará um futuro nada promissor para o setor de informática no País.
Com a recente aprovação da medida provisória nº472/09, o SERPRO (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda, tornou-se a prestadora exclusiva de serviços de TI aos órgãos da Administração Federal. E é público e notório que o SERPRO prioriza o software livre, sendo que até marcou sua presença na 11ª edição do Fórum Internacional de Software Livre em Porto Alegre-RS.
Contudo, polêmicas à parte, deixo abaixo, para você mesmo(a) decidir, o link da proposta da SBC, o link do Senado Federal onde você pode fazer o acompanhamento da matéria recebendo as tramitações no seu email e o link do site Jurisway onde tem, bem explicado, como se dá uma tramitação de um projeto de Lei (é só clicar em: Iniciar Curso).
Site do Senado onde você pode fazer o download do texto da Lei e clicar em: 'Selecionar para acompanhamento' para receber as movimentações no seu email:
[1] Comentário enviado por pmichelazzo em 16/08/2010 - 14:32h
Julio Henrique,
Pelo seu artigo eu penso que "caiu de paraquedas" neste assunto. Ele está debatido, surrado, espancado e assim mesmo ainda cometem erros quando falam sobre ele.
O primeiro deles é "regulação". O projeto não é de regulação, mas sim de regulamentação, o que é muito diferente e as palavras inclusive não são sinônimas. Depois você diz que não é favorável a proposta de autoregulamentação porque vai ter meia dúzia de gente ditando regras. Ora, e um conselho o que é meu camarada?
Penso que deve ler dois artigos meus escritos em 2008 sobre o tema. Acredito que podem clarear um pouco suas idéias.
[2] Comentário enviado por Teixeira em 16/08/2010 - 17:16h
Esse assunto é mais velho que a receita para fazer cubinhos de gelo...
Mas parece que "ofende" a alguém, pois até hoje ainda não há uma solução.
Já passamos por uma época de "Reserva de informática" onde a coisa poderia ter tido alguma regulamentação, mas nem " homens com a caneta na mão" deram jeito...
Já houve época em que o Conselho de Administração pretendia que que Analistas de Sistemas fossem necessariamente "Administradores de Empresas", que era o nome formal da profissão de Administrador naquela época...
Mas e os Analistas que vêm da Engenharia, da Química, etc.?
E afinal, O QUE É um Analista de Sistemas? Como é definido? Quais seriam as suas atribuições?
Trabalharia com sistemas de hardware, sistemas de software ou rotinas otimizadas de trabolho?
E qual a diferença entre um "Técnico DE Informática" e um "Técnico EM Informica?"
Cada Faculdade tem a sua própria grade de matérias, e muitas são meras "filiais de Redmond", se é que me entendem...
A coisa não tão fácil de resolver, pelo menos adequadamente.
Acho que primeiramente teria de ser definido que tipo de formação o profissional deveria ter para entrar qualificadamente no mercado.
A partir daí montar a parte pedagógica com tudo o mais que se segue.
A meu ver, um Tecnico de Informática que sai de uma Faculdade conhecendo apenas os produtos de UMA determinada empresa, ainda não está qualificado.
Mas se ele se tornar posteriormente um "certified" dessa mesma empresa, aí a coisa será diferente.
[3] Comentário enviado por torture em 16/08/2010 - 20:17h
Galera,
Temos que pensar em melhorias com relação as nossas profissões, nossos direitos e salários, pois por exemplo: sou formado em sistemas de informação tenho pós em redes e estou tirando duas certificações, para que isso tudo se na minha cidade (Maceió-Alagoas) não se paga mais de R$ 1000 para administrar varias filiais, servidores, firewall. Regulamentando a profissão pode sim melhorar a questão salarial, teremos um piso para cada formação e certificação. Isso mostra o quanto pode mudar a situação de muitos profissionais de informática em todo o brasil
No entanto e suspeito ter empresas filiadas a microsoft apoiando o projeto, mas só será escolhido o representante de cada estado com seu voto, também temos que apoiar "não usar software pirata" temos que respeitar o que produzido pela microsoft e outras empresas se agente não usa não quer dizer que queremos a pirataria, devemos apoiar a proteção dos softwares produzidos por qualquer empresa ou profissional liberal que o fez. Acredito que venha melhorar e dar força as nossas profissões.
Apoio o software livre, uso e distribuo vamos debater mais sobre esse assunto, pois pode aparecer novas ideais e propostas boas aqui.
[4] Comentário enviado por removido em 16/08/2010 - 20:28h
Michelazzo:
Não concordo com nenhuma de tuas palavras, mas defendo até à morte o direito de dizê-las!
Eu "caí de paraquedas e o paraquedas não abriu, mandei o fabricante à..."
E se eu tivesse feito um texto muito rebuscado, somente pessoas eruditas como você entenderiam.
E quanto ao assunto estar "surrado", eu concordo, mas todo couro só é bom quando está bem curtido. E, apesar de estar "surrado", vemos que até a profissão de prostituta (Profissional do Sexo - CBO 5198) está regulamentada e a dos Analistas e Técnicos ainda não está.
Saudações.
Teixeira:
Se você entrar no site do MEC (Ministério da Educação) irá encontrar as definições dos cursos superiores e cursos técnicos da área de informática. Talvez não sejam as definições ideais, mas a área de informática é uma área relativamente nova e se a gente não se pronunciar a respeito, não haverá debate.
E a maioria das certificações são "decoreba", ou seja, o cara estuda... passa.. e ganha uma "carteirinha" dizendo que ele é o tal.
torture:
É exatamente isso que eu penso. Regulamentando a profissão será o começo para termos uma base salarial.
Abraço.
Concluíndo:
Só peço que acompanhem a tramitação do referido projeto de Lei. É de graça e não dói nada. Liberdade não significa alienação.
[5] Comentário enviado por pmichelazzo em 17/08/2010 - 01:54h
Tortute
Então você acredita mesmo que um conselho de gente que nunca viu vai defender o seu aí nas Alagoas, coisa que nem seu presidente fez? Você acha mesmo que se tiver um salário em Maceió como em SP onde com sua formação um profissional vai ganhar entre R$ 4.000 e R$ 6.000, vai ficar algum paulista aqui comendo fumaça ao invés de invadir seu estado e ficar na beira da praia tomando água de côco? Você acha mesmo que não vamos entrar nas Alagoas como gafanhoto no meio da plantação para acabar com seu emprego e ficar com ele para nós? Ou você acha que o conselho vai também dizer que só alagoado pode ganhar 6 mil reais por mês em Alagoas? Tenha certeza, se isso acontecer eu sou um dos primeiros a ir para seu estado e pegar seu emprego. Não vou ficar aqui ganhado o que ganho para ser sequestrado, assaltado e perder duas horas e meia por dia no trânsito. Eu vou é para Maceió e levo metade dos analistas daqui comigo.
Por favor, não se iluda meu caro. Piso não é igual em todos os estados pois se fosse, quebraria estados menores como Sergipe, Alagoas, Acre, Roraima. O que um policial militar ganha em SP não é o que ganha um no Acre. O que um professor universitário ganha em SP não é o que um professor ganha em Roraima e não será um conselho que irá dizer que um profissional de Alagoas vai ganhar o mesmo que um profissional de SP. Seu estado não comporta isso, infelizmente.
A vida é dura mesmo e não é uma corja que vai cuidar de você. Pergunte a qualquer enfermeiro, farmacêutico, professor ou dentista de sua cidade se eles ganham o mesmo que seus pares de SP. Depois reflita na resposta.
[6] Comentário enviado por douglas07 em 17/08/2010 - 08:36h
Pelo o que eu entendi a regulamentação seria Regional ( a exemplo dos Creas), se for pela ASSESPRO eu acho que estamos na agua, quem é de São Paulo e acompanha as negociações com o SINDPD no começo ( e quase toda a metade) do ano viu que eles não demonstram a minima vontade de ajudar os programadores.
bom a verdade é que se for o mesmo piso para todas as regiões do Brasil eu saio daqui de são paulo facil facil.
[7] Comentário enviado por removido em 17/08/2010 - 08:43h
michelazzo e douglas07:
Concordo com vocês, mas uma base salarial é somente isso: uma base. E a partir dela você pode negociar. Se você for um profissional liberal (Analista ou Técnico) vai depender da sua competência para tirar o trabalho ou não de alguém nas Alagoas.
[8] Comentário enviado por rarmor em 17/08/2010 - 10:09h
Mas que seria bom dar "uma correta destinação" de muitos leitores de revistas (faça assim) que saem "fazendo redes" e instalando micros piratas, aaaa isto seria muito bom. Paraquedistas a parte acho que estes sim, paraquedistas que devemos fazer cair no lado anti profissional da coisa, pessoas que aceitam pouco e tem muito pouco a oferecer para um mercado ávido de bons profissionais, estragando o pesqueiro de todo mundo. Acho que este projeto de lei não vai resolver isto, somente criar novos slides para uma velha apresentação. Eu era a favor do do projeto em questão mas percebendo nas entrelinhas e a nossa atual conjuntura sociopolítico cultural não encontrei muitos e bons benefícios no projeto de lei (PLS) n°00607.
[10] Comentário enviado por leandromoreirati em 17/08/2010 - 10:44h
"Aliás, as construções civis, após sancionado o projeto, precisarão oficialmente das plantas de redes assinadas por um Analista" isso atribuição do engenheiro de telecomunicação e nao de um Analista de sistema.
[12] Comentário enviado por pmichelazzo em 17/08/2010 - 11:41h
Julio
E qual vai ser a base? 300 reais? Vamos pensar em 2500 reais para um pé de chinelo analista que acabou de sair de uma faculdade qualquer no fim do mundo. Os cenários vão ser:
1) O Acre não consegue pagar isso, muito menos Roraima, Rondônia, Piauí e Amapá. Se for nacional, terá que ser menor e não vai agradar o povo de Maceió e nem de SP
2) Vendemos o Acre para pagar 2500 nos outros estados. Os paulistas invadem Maceió, Salvador, Aracaju, Recife, João Pessoa e Natal para poder viver na vida mansa. Afinal 2500 no paraíso e 2500 no inferno, vou para o inferno
3) Inevitavelmente parte desta massa que vai invadir o nordeste será muito mais qualificada que os locais. E os locais fazem o quê? Vem para SP onde o valor do "piso" é o mesmo mas não dá para comer? Que nada, vamos matar estes paulistas assassinos de criancinhas alagoanas que vem aqui para roubar nosso emprego, nossa comida e nossas mulheres.
4) Se vai ter negociação, para que eu preciso de um raio de um conselho que vou ter que pagar (inclusive o pessoal de Alagoas, do Acre, de Rondônia de outros estados) para meia dúzia de imbecis que nunca vi na vida dizerem "você vai ganhar o mínimo de X".
Eu gostaria muito que você conversasse com administradores, enfermeiros e médicos para perguntar à eles o que acham de seus conselhos. Vá e pergunte quantas vezes foram usados e para quê foram usados. Pergunte qual o significado do "conselho". Nem mesmo o CRM presta pois sua função, além de tirar grana do médico, é somente averbar o que a faculdade disse: este cara estudou medicina e pode cortar gente. Nada mais que isso! O único que efetivamente faz algo e mesmo assim é algoz de sua classe é a OAB, nada mais.
Volto a afirmar, leia meus textos sem mágoa no coração. Mais ainda, leia-os na Dicas-L onde a discussão teve mais de 200 comentários. Vai ver que o buraco é muito, mas muito mais embaixo.
Ah, e ao torture, cuidado, reze para o conselho não passar. Eu vou te desempregar meu caro. Tenho 20 anos de experiência :-)
[13] Comentário enviado por removido em 17/08/2010 - 12:08h
michelazzo:
Eu estava lendo seus textos sem mágoa no coração, mas aí apareceu coisa melhor para fazer e eu tive que interromper a leitura... estou brincando.
Eu li seus textos, apesar de que o da regulamentação fica uma janelinha chata no meio da tela importunando e perseguindo o cara o tempo todo (como que faz para tirar aquela janela indiscreta?).
Eu penso que a regulamentação será uma coisa boa, mas não porque irá tirar os picaretas do mercado. Picaretas existem e sempre existirão em qualquer profissão. Para você ver: até um Zé Mané como eu trabalha com TI.
A própria Legalização da profissão em si (seja ela qual for) já é um benefício. A regulamentação da profissão em si não fixará base salarial, mas propiciará força Legal para as entidades da área (sindicatos, associações, etc) poderem negociar.
E o cara não poder fazer software porque é ginecologista... até aí tudo bem. Mas eu não sou ginecologista... e se eu quiser fazer um exame ginecológico?
E eu penso que entre autorregulamentação e Conselhos de Informática, estes últimos são os menos piores.
E porque cargas d'água tu pensas que podes tirar o emprego do torture? Só porque tu moras em São Paulo e ele nas Alagoas? O cara morar em São Paulo não é qualificação de competência, além disso, a informática é um campo muito abrangente. Apesar dos teus 20 anos de experiência, o torture pode ser especializado em uma área que tu só conhece de ter "ouvido falar"...
[14] Comentário enviado por Teixeira em 17/08/2010 - 12:38h
O assunto é muito mais complexo do que se imagina.
O problema é que estão tentando construir a casa pelo telhado...
Primeiro tem de ser decididas a reais atribuições de cada profissional que jé existe no mercado, o seja, "tirar uma fotografia" do mercado de trabalho e ver quem é quem.
Segundo, determinar os programas de ensino a nivel técnico-profissionalizante e também a nivel universitário.
Depois de tudo isso, partir para os órgãos que possam defender tais subclasses de forma honesta e objetiva. E isso se dá através de associações, sindicatos, e no fim de toda essa jornada, então os Conselhos e as Ordens.
Os músicos profissionais brasileiros já começaram pela contramão, através de uma Ordem que não os representa - e jamais os representou - de verdade, mas que a eles foi imposta verticalmente.
O que a Ordem dos Músicos efetivamente faz está muito aquém das ações de um simples sindicato.
Há alguns anos atrás as profissões de "telefonista", "recepcionista" e "secretária" se confundiam seriamente. A questão foi resolvida de forma satisfatória (pela própria legislação trabalhista) sem a criação de Conselhos, Ordens, etc.
Outra "classe misteriosa" é a dos empregados em câmaras de compensação bancária.
Trabalham em ambente bancário, exercem tarefas de bancários mas "não são bancários" (mas também não são comerciários).
Então o que são eles?
Que tipo de conhecimento é necessário para que alguém possa intitular-se "técnico" na área de infomática?
E afinal, o que quer dizer "informática", "computação", "processamento de dados", "analista", "técnico", "tecnólogo" sob o ponto de vista legal, trabalhista ou universitário?
Um "tecnólogo em processamento de dados" é a mesma coisa que um "tecnólogo em computação" ou que um "tecnólogo em informática"?
Um "técnico de manutenção de hardware" é o mesmo que um "técnico DE informática" ou de um "técnico EM informática"?
(O técnico de manutenção de hardware contudo precisa ser inscrito no C.R.E.A.)
Qual o código C.B.O. de cada uma dessas atividades? Ou é tudo a mesma coisa?
Tudo isso carece de uma definição homogênea e pacífica, pois cada um tem um entendimento diferente.
E enquanto não houver um perfeito entendimento quanto aos primeiros rudimentos da profissão, nada poderá ser feito de forma concreta ppara traduzir uma representatividadede classe e subclasses. A não ser que políticos "sem noção" dêem mais uma "canetada torta" como sói acontecer nas terras tupiniquins...
[15] Comentário enviado por pmichelazzo em 17/08/2010 - 12:43h
E mais ainda Teixeira,
O que fazer com profissionais que não possuem diplomas e certificados mas assim mesmo são profissionais da mais alta capacidade técnica? Deixamos eles no limbo ou é criado uma categoria e um piso para "descamisados" que serão escorraçados do conselho?
Qual seria a reação da turma diplomada se um não diplomado viesse a se tornar um diretor ou presidente do conselho? Preconceito?
Nossa área não carece de conselho. A Austrália provou isso, a índia prova isso, os EUA provam isso. Já temos diversos "anjos" para a área de TI, tais como os sindicatos (que já não fazem nada), associações de "crasse" e outros. Iremos ter mais um simples cabide de empregos?
[16] Comentário enviado por removido em 17/08/2010 - 12:51h
Teixeira:
O assunto não é tão complexo assim.
A questão é que o Projeto em questão já está praticamente aprovado no Senado. Depois vai para a Câmara dos Deputados e se não tiver nenhuma emenda irá para a sanção do Presidente. É lógico que isso ainda pode demorar.
Então, essas discussões de como deve ser ou como não deve ser, não tem mais propósito. O "canetaço" já está praticamente dado.
E o ponto é a qualificação e não a capacitação.
Michelazzo:
Leia o texto da Lei, na íntegra (sem mágoa no coração). Ali você verá que os profissionais que vem trabalhando na área poderão ser regulamentados sem diploma Legal.
À propósito: te muda para a Austrália então... ou para a Índia.
[17] Comentário enviado por leandromoreirati em 17/08/2010 - 13:17h
$julio_henrique:
Será que um analista tem capacitação pra fazer um projeto dessa envergadura, os que vejo mal sabem programar que é uma prerrogrativa básica do curso de analise de sistemas, não quero fazer papel de advogado do diabo mas ja fazendo, estou a 4 anos numa faculdade de engenharia (faço engenharia de telecomunicação)tenho várias materias relacionadas a rede enquanto nos cursos que formam os analistas os caras mal saem sabendo calcular uma mascara de rede o que dirá norma de cabeamento.
O projeto é velho usa emaenta de curos do MEC que estão ultrapassasadas, se nao me engano ele começou a ser discutido em 1995 tem que ser atualizado, pois analista em sua suma maioria ou gere sistema ou desenvolve, trabalho com analistas ao todo sao 9 trabalhando comigo e digo que nenhum deles consegue fazer um projeto de rede, pois as faculdades não focam redes mas desenvolvimento.
Ao meu ver fazer uma analista fazer um projeto de rede é o mesmo que fazer colocar uma açougueiro para fazer uma cirugia cardiaca, ele pode ter as melhores boas intenções do mundo mas ele nao foi preparado para fazer aquilo, e vai acabar tendo que submeter a um engenheiro, fora que nossa entidade de classe (CREA) ao contrario do que ja foi citado por alguns cometarios anteriores do que outras entidades de classe, creio eu que nao permitirá tal insanidade.
[18] Comentário enviado por removido em 17/08/2010 - 13:26h
Leandro Moreira:
Entendo o que você está dizendo e sei que muitas faculdades na área de informática não preparam devidamente os profissionais para esse tipo de atribuição (Projeto de Redes), aliás, muitos nem sabem o que é uma NBR e vários saem da faculdade sem saber uma linha de programação.
E, sinceramente, não sei como isso vai ficar. Mas acredito que, após a regulamentação, o CREA e o CREI (ou sei lá qual será a sigla) deverão entrar num acordo. Talvez tanto um quanto o outro possam exercer essa atribuição, sei lá, é só uma sugestão.
A questão é que essa regulamentação (independentemente se for Conselhos ou Autorregulamentação) trará toda uma carga junto com ela, inclusive competências de atribuições como essa de Projeto de Redes.
Para os Analistas, a briga nesse sentido será mais feia. Para os Técnicos essa regulamentação será tranquila.
[21] Comentário enviado por Teixeira em 17/08/2010 - 17:09h
O que vai acontecer é exatamente isso: O "canetaço", consolidando a construção da obra pelo telhado e não pelos alicerces.
Esse filme nós já vimos muitas vezes.
Quanto à Austrália, ocorre que se uma pessoa for verdadeiramente competente será reconhecida apenas por sua competência, baseando-se no fato de que profissionais qualificados não aprenderam suas profissões na base do "hear saying" (conforme a esmagadora maioria dos "técnicos de hardware formatadores-de-HD" daqui). Só não se pode é pisar na bola, sob pena de perder definitivamente o crédito...
No entanto, é natural que as pessoas procurem ali "capacitações extremas", digamos assim.
Meu amigo Mike aqui é um "músico".
Em Sydney ele saiu da The University of Sydney com os títulos de Sociólogo, Bacharel em Música e Doutor em Etnomusicologia, com especialização em música brasileira e latinoamericana.
É o autor do renomado Método SALF, que foi parte de sua tese de mestrado, e que foi publicado simultaneamente em Português e em Inglês.
Para chegar a esse mestrado todavia, e além de tudo o mais, ele veio ao Brasil em 1985 e saímos em uma escola de samba modesta, onde ele teve a capacidade de gravar TUDO num gravador profissional (com Dolby e tudo o que tem direito) e transcrever TUDO para partituras musicais.
Cada batida do surdo, cada tique e cada taque do pandeiro, cada chacoalhar, cada som de per si.
O Dr. Ryan é reconhecido por sua elevadíssima qualificação.
Enquanto isso, John McDonald (que não é sociólogo, mas apenas um estudioso avulso) criou o programa "Batucada" na radio estatatal 2EA onde é abrangido o mesmo tema.
O John chegou a um tal estado de conhecimento de nossas músicas, que ele sabe explicar - por exemplo - a diferença entre "baião" e "sambaião", bem como as diferenças técnicas entre a maneira de tocar o "piano accordion" entre Dominguinhos e Luis Gonzaga.
O que é "samba", "partido alto", "chorinho", etc.
É uma especie de "Projeto Minerva" de lá...
Tanto Ryan quanto McDonald demonstram uma profunda competência naquilo que fazem.
E voltando para o Brasil, para o pessoal dos computadores, acontece o mesmo fenômeno.
Tem muita gente que não tem o aprendizado formal de uma Faculdade mas que se mostra grandemente competente no que faz.
Existem muitos tecnólogos e doutores que "sabem de tudo" mesmo e praticamente "respiram" computação.
O que considero como um problema é que A MAIORIA aqui não tem a capacitação devida, e mesmo entre os que vieram de uma ou de outra Faculdades de forma massificada, existem severas e perigosas limitações e divergências quanto ao aprendizado.
Aí, para supostamente "consertar" as coisas, aparece um Conselho caindo de paraquedas...
Acho que perderam algum objeto em um quarto escuro e o estão procurando num quarto mais claro, achando que é melhor assim.
[22] Comentário enviado por removido em 17/08/2010 - 18:50h
Teixeira:
Mas esse problema de capacitação é inerente a toda profissão. Sempre existirão, em todas as áreas de profissões, os bons e os maus profissionais. O interesse de cada um em se aperfeiçoar independe se o cara tem ou não faculdade.
O mercado se encarregará de separar o joio do trigo.
Entendo que um "canetaço" não é a melhor maneira, mas essa pendenga da regulamentação vem de anos e se o setor ficar discutindo isso e não tomar nenhuma providência concreta nunca chegaremos a lugar nenhum.
O meu intuito é que regulamentem de uma vez essa m.... toda. E eu resolvi, segundo a minha opinião, que o projeto de Lei é a opção menos pior. Claro que opinião é como bunda e desculpa: todo mundo tem uma!
E eu entendo as comparações que vocês fazem com outros países, mas a Austrália, por exemplo, tem o tamanho de um Estado brasileiro, além do que, outros países são outras culturas, outros modos de pensamento, etc. Algumas coisas que dão certo lá, podem ou não dar certo aqui. Copiar de outros países só porque deu certo lá é um processo de tentativa e erro: pode dar certo ou não.
[23] Comentário enviado por dxbrasil em 17/08/2010 - 20:31h
$julio_henrique,
Essa raça aparelha até batizado, imagina um conselho de profissionais que são necessários em TODOS os ramos de negócio.
Concordo que o mercado hoje é prostituído, tanto que eu só programo p/mim hj em dia, me nego a trabalhar para terceiros e não vivo de programação, porém acredito que um conselho nos moldes do CRC, Corecon ou CRECI não ajudariam a moralizar a profissão (tanto que as que se submetem a um conselho não são muito diferentes no nível de prostituição) e ao mesmo tempo formariam uma casta que tomaria o poder e ditaria as regras sem ao menos saber escrever um comment, além de cobrar uma anuidade sem oferecer nada em troca.
Sei que o projeto não cobre somente os programadores, usei esse termo porque é a minha área.
Espero que aceite meu comentário pelo que ele é, uma divergência de opinião. Eu prefiro jamais me submeter a um conselho ou sindicato, mas sou a favor da autorregulamentação.
A propósito, eu sou contra a proibição da propaganda dos cigarros e não sou fumante, acredito que o Estado tutela demais decisões que devem ser individuais.
[24] Comentário enviado por removido em 17/08/2010 - 21:07h
dxbrasil:
Como eu havia dito anteriormente: "não concordo com nenhuma de tuas palavras, mas defendo até à morte do direito de dizê-las."
Para você que não vive de programação, não irá mudar nada. Você continuará fazendo teus programas para si mesmo.
Se os Conselhos, mesmo cobrando uma anuidade cujo valor não é tão alto assim, não farão nada como todo mundo está falando, então, por que temer um Conselho que não faz nada?
A questão é a regulamentação. Ela tem que existir, seja ela qual for. E como eu falei, acredito que a opção menos pior é a deste projeto de Lei.
Moralizar uma profissão é tarefa impossível e nenhum Conselho, seja ele qual for, conseguirá isso. A questão é que deve existir uma regulamentação. Não entendo por que caras como você que defendem a autorregulamentação acreditam que isso irá moralizar a profissão. Uma coisa tem nada a ver com a outra.
E o simples fato de você querer a autorregulamentação, você já está se submetendo a um Conselho, pois na autorregulamentação também existe um Conselho, tipo o CONAR na área de publicidade.
A proibição das propagandas diminuiu pela metade o tabagismo entre os adolescentes no Brasil (se você tiver filhos, espero que eles não fumem também), sem falar na redução drástica dos problemas de saúde causados pelo fumo.
Quando uma decisão afeta a saúde da população, o Estado deve tutelar essa decisão sim, até por que o Estado somos todos nós, direta ou indiretamente.
E muita gente está confundindo os Conselhos com o governo. Os Conselhos serão regulamentados por Leis e terão eleições para seus membros.
[25] Comentário enviado por irtigor em 18/08/2010 - 01:29h
Curto e grosso? É melhor deixar do jeito que está. A regulamentação não traz garantia de nenhuma melhora prática. Só vai servir de muleta para recém formado garantir emprego (se muito isso...), ou para gerar "bum" em faculdade da "boca do lixo" com a venda de diplomas pro pessoal que já trabalhava antes mesmo de existirem tantas denominações.
[26] Comentário enviado por removido em 18/08/2010 - 01:33h
Regulamentação da profissão eu apóio. Criação de conselhos não.
O michelazzo está coberto de razão. Meu primo paga, em minha opinião, uma fortuna todo ano para o conselho regional de fisioterapeutas (nem sei ao certo como se chama), e os caras nunca fizeram nada por ele. Pelo contrário, virava plantão de 24 horas em hospitais e ganhava bem abaixo do piso. Sua situação só mudou porque ele tem competência e conseguiu entrar em um uma empresa que presta serviços a um hospital Estadual aqui no ABC, empresa esta que pelo menos paga o que um profissional que estudou 4 anos para se formar na profissão e mais 1 ano para se especializar merece. Ele deu sorte, caso contrário estaria na mesma, virando 24 horas direto, trabalhando em plantões noturnos de 12 horas, sem distinção entre dias normais e fins de semana ganhando abaixo do piso. Com tudo o que ele passou, mesmo agora estando em um trabalho bem melhor, está estudando para mudar de profissão. Adivinhem o curso, acertou quem pensou Análise de Sistemas.
Esse conselho ou conselhos, regionais ou nacionais, na minha visão, seriam apenas outra forma do governo arrecadar fundos e uma meia dúzia de vagabundos ganharem uma grana violenta para não fazerem nada. Esses últimos a que me refiro seriam os responsáveis ou funcionários desses conselhos, que como todo órgão regulamentado pelo governo federal ou estadual possui funcionários e administradores sem com pouca (na maioria das vezes nenhuma) competência e preparo para o cargo que possuem.
[27] Comentário enviado por ileaoorg em 18/08/2010 - 01:36h
"À propósito: te muda para a Austrália então... ou para a Índia."
uhauahuahuahuah boa...
se os que já vem trabalhando na área forem acolhidos com igualdade de direitos, será bom.
lembrando que isso ocorreu com os contadores. meu contador tem mais de 30 anos de profissão e ele, assim como os que eram contadores antes da regulamentação, ganhou certificado e CRC.
acho q isso ocorre em todas as áreas, exceto em saúde.
mas interessante como as coisas são no Brasil...
os jornalistas não são obrigados a terem "qualificação" para desempenhar a profissão...
o cara aparecer na TV, rádio ou jornal manipulando as massas não precisa...
mas precisa pra formatar PC e criar um site?
finalizando... estou vendo aqui que muitos estão se conflitando neste fórum...
pessoas eruditas demais pra dialogar razoavelmente e dar uma parcela de contribuição numa possível reviravolta de cenário que irá afetar a todos nós?
o mal do Brasil é o brasileiro.
mesmo sendo realista e sabendo que pouca coisa possa mudar pra melhor, fico feliz com isso.
colega aí em cima disse que a OAB é algoz da classe... quem tá de fora é complicado falar.
pelo menos dos poucos advogados que conheço se orgulham de pertencer a OAB. inclusive alguns tios.
talvez a OAB, ao contrário do que alguns que estão de fora pensam, valorize ainda mais a classe dos advogados.
nem que seja aos olhos dos outros, que contratam o serviço.
[28] Comentário enviado por removido em 18/08/2010 - 01:39h
irtigor:
Sem comentários para o teu comentário.
wdmatheus:
Com a autorregulamentação TAMBÉM será criado um Conselho e esse Conselho TAMBÉM poderá cobrar taxas.
E os membros dos Conselhos Regionais não são Funcionários Públicos, são profissionais da área (eu, você, etc...) que serão eleitos em votação por nós mesmos, cada qual em seu estado ou região.
ileaoorq:
No texto da Lei diz que quem trabalha como Técnico há 4 anos a contar da data de publicação da Lei poderá registrar-se sem diploma Legal e no caso do Analista são 5 anos.
No jornalismo precisa de diploma Legal sim. O que acontece é que 30% das vagas de Jornalistas de um jornal são reservadas para o que se chama de "Jornalista Provisionado", ou seja, é aquele cara que não tem faculdade de jornalismo, mas trabalha na área. E ainda assim esse cara precisa comprovar que tem pelo menos 20 textos publicados num jornal, precisa de uma carta do jornal comprovando que ele trabalha lá e precisa se registrar na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), para daí então, ser considerado Jornalista.
Além do que, hoje em dia as grandes empresas jornalísticas não contratam mais Jornalistas sem faculdade.
E é exatamente isso: talvez a OAB numa cidade não represente os Advogados, mas em outra cidade ela representa. Depende dos profissionais da área cobrarem daqueles que foram eleitos.
É assim que funciona um processo democrático.
As pessoas confundem liberdade com rebeldia e movidas pela emoção seguem o famoso jargão: "Se hay gobierno, yo soy contra!"
[29] Comentário enviado por ileaoorg em 18/08/2010 - 02:32h
"Se hay gobierno, yo soy contra!"
isso me lembra os tempos de adolescente! \o/
bom, eu sou a favor sim.
muito obrigado pelos links. já está nos meus favoritos e eu estou acompanhando o andamento deste projeto.
se ainda estiver online me diga uma coisa: de que forma isso interefere profissionais como eu, que trabalha apenas com criação e hospedagem de sites?
observação: trabalho desde 2004 exclusivamente com isso. possuo 80 clientes. e tenho empresas registradas desde 2006 e 2008.
[30] Comentário enviado por ileaoorg em 18/08/2010 - 02:44h
é surpreendente,
vejo que os profissionais de informática são muito éticos pra se posicionar contra a regulamentação da própria profissão por haver pessoas que trabalham na área sem qualificação.
será que os advogados, os médicos ou profissionais de outras áreas se posicionariam da mesma forma?
muitas pessoas aqui estão se preocupando mais em "falar rebuscado".
[31] Comentário enviado por removido em 18/08/2010 - 02:50h
ileaoorq:
Quando a Lei entrar em vigor, você poderá se registrar como Técnico e como Analista, mesmo sem ter curso Técnico ou curso Superior. Como Técnico pela programação em criação de sites e como Analista pela coordenação de um sistema de informação (hospedagem de sites).
Isso é o que está previsto no projeto da Lei, pois, "os que, na data de entrada em vigor desta Lei, tenham
exercido, comprovadamente, durante o período de, no mínimo, quatro anos, a
função de Técnico em Informática;" e cinco anos para Analista.
[32] Comentário enviado por ifmacedo em 18/08/2010 - 06:11h
Engraçado como os profissionais, pessoas que se dedicaram toda a sua vida em cursos técnicos e faculdades, que trabalham com tecnologia, que são geralmente admirados pelas outras pessoas leigas em informática, que ajudam e muito no desenvolvimento de um país, não terem o seu devido reconhecimento e regulamentação para isso.
Não é simplesmente chegar e falar "sou técnico" só pelo fato de estar/ter trabalhado na informática. É comprovar, por meio de certificações e diplomas ou por meio de tempo em carteira na função, que ele é sim um profissional gabaritado e conhecedor.
Acho que é um assunto muito delicado, que se for levado por nós, aqueles que se interessam mais do que ninguém, isso só tende a ir pra caminhos distintos. Cada um tem uma visão e as divergências são inevitáveis. Espero que as pessoas deste país que estão aqui para criar e por as leis em prática comecem a se coçar e que entre logo em vigor, seja lá o que for.
[33] Comentário enviado por removido em 18/08/2010 - 07:35h
Como disse acima, sou favor da regulamentação e contra a criação de conselho. Há alguns anos, acho que 3, acompanhei esse primo que mencionei acima atá a sede do conselho regional de fisioterapeutas, no centro de São Paulo. Lembrei o nome da bagaça, é crefito. Pois bem, ele havia se formado há dois anos e estava com o crefito dele, que era provisório devido ele ser recém formado quando ele se tronou membro do mesmo vencido. Ele havia acabado de arrumar emprego em um dos hospitais que pagam salários abaixo do piso, e para consolidar sua contratação, precisava estar com um crefito válido. Apesar de pagar todos os anos, por ainda não haver arrumado trabalho ele não havia tido até então a necessidade de solicitar o crefito definitivo. Uma vez na sede do crefito, após toda a burocracia de entrega de documentos, chegou uma mulher, que como o meu primo estava com o crefito provisório vencido e por não ter trabalhado na área após o vencimento do mesmo também não havia solicitado o definitivo. Também seria contratada por um hospital e para tal precisava regulamentar sua situação. A diferença é que ela, que em conversa na sala de espera nos revelou, que como não estava trabalhando, e com compromissos mais urgentes, entre eles FILHOS, não teve condições de efetuar o pagamento das mensalidades durante o mesmo período. Resumo, para ter sua situação regulamentada e poder emitir o crefito definitivo, ela teria que pagar toda a dívida. Eles até parcelariam para ela, mas ela teria que pagar a primeira parcela naquele mesmo dia e retornar com o recibo do banco. Ela foi embora sem ter sua situação resolvida, porque como disse a própria secretária que a atendeu, não tinha condições de pagar aquela primeira parcela porém necessitava regulamentar sua situação no mesmo dia ou perderia a vaga.
O porque contei toda essa história? Não é função desse conselho proteger e dar suporte aos profissionais da área? Se sim, o porque não facilitar a vida da mulher, emitir um crefito provisório para ela, digamos com o vencimento em um mês, parcelar sua dívida com o vencimento da primeira parcela na data em que o crefito expirar sem a possibilidade de emissão de novo provisório? Essa mulher não teve ajuda ou suporte da entidade que deveria proporcionar ambos para ela.
Eu não disse que os membros de conselhos são funcionários públicos, sei que são profissionais da área escolhidos por votação. O que disse é que são órgãos regulamentados pelo governo. Embora corra o risco de falar besteira, repito aqui palavras desse primo meu, que disse que esses mesmos membros eleitos por votação praticam nepotismo e troca de favores políticos ao contratar funcionários para o conselho. Vou mais além, relatando que meu primo enviou e fez alguns (muitos) relatos de irregularidades (com relação a área de fisioterapia, tais como profissionais trabalhando com registro (o tal do crefito) vencido, ou piso abaixo da piso salarial) que ele constatou nos hospitais em que trabalhou. Nunca recebeu nenhuma resposta nem fiscais compareceram aos locais onde irregularidades foram relatadas. Eu, leigo, para ele como pode uma coisa dessas. Ele me respondeu: "Os caras não tem que prestar contas para ninguém, só para o governo".
Julio, pense na situação da mulher que eu mencionei acima, qual foi a ajuda que ela recebeu do conselho? Será que ela conseguiu a grana para pagar a tal da primeira parcela e conseguiu regulamentar sua situação? Será que ela conseguiu trabalhar? Eu não sei, mas se o que ela disse for verdade, que perderia a vaga caso não regulamentasse sua situação no mesmo dia, sei que ela não conseguiu, pois ela saiu do prédio antes de nós, e me lembro que nós saímos depois das 15:00h. Os bancos fecham as 16:00 e o crefito, se me lembro bem, as 17:00h.
[34] Comentário enviado por removido em 18/08/2010 - 08:10h
wdmatheus:
Por que o céu é azul? Porque a chuva é líquida? Por que você ou seu primo não ajudaram a mulher? Qual o sentido da vida? De onde viemos? Para onde vamos? Por que os funcionários do Crefito não ajudaram a mulher? Por que estamos aqui? Por que eu sou feio e os outros são bonitos? Ó mundo cruel!!!
São todas questões sem respostas.
Mas falando sério agora, cada caso é um caso. Acredito que nessa situação que você descreveu aí em cima faltou um pouco de bom senso e de humanidade, coisas que se referem a seres humanos e não a entidades criadas por leis.
Eu poderia argumentar, também, que os Conselhos (e nesse caso tanto faz se forem criados por Lei ou por autorregulamentação) terão a atribuição de regulamentar os profissionais que trabalham na área de informática e não atribuição paternalista. Esta última função é dever dos sindicatos (estes sim servem para nada).
Eu poderia argumentar várias coisas e não chegaríamos a um acordo tomando por base um caso único. E vou te contar um segredo: o mundo não é perfeito!
[35] Comentário enviado por pmichelazzo em 18/08/2010 - 08:20h
Tal como os cartórios, somente no Brasil "existe" um conselho para informática. Em nenhum outro país do mundo existe um conselho "canetado" pelo governo.
Quem sabe não é isso mesmo que precisamos, mais um cartório para ter um monte de imbecis que dizem que você é você, mesmo você sabendo disso desde quando nasceu.
[37] Comentário enviado por removido em 18/08/2010 - 08:30h
Sim Julio, o mundo não é perfeito e concordo com você sobre isto e respeito sua opinião. Apenas contei o 'causo' para deixar claro o porque sou contra a criação de mais um Conselho de profissionais no Brasil, apenas para o governo arrecadar mais com isso, afinal, o Brasil quase não arrecada nada com impostos e taxas mesmo.
Os caras não averiguaram nenhuma das irregularidades denunciadas. Nem um e-mail responderam, e olha que isso é o mínimo, o cara faz isso com a bunda na cadeira do escritório.
[39] Comentário enviado por removido em 18/08/2010 - 08:41h
Se com a regulamentação vier a criação de conselhos e os mesmos atuarem como o crefito atua, prefiro que fique como está. Não sei em outras regiões do Brasil, mas por aqui nunca ouvi nenhum profissional da área de TI reclamando sobre piso ou que não existe um órgão que regulamente a profissão.
[40] Comentário enviado por removido em 18/08/2010 - 09:01h
wdmatheus:
Profissionais trabalhando sem registro é problema, por primeiro, do hospital que aceitou contratar esse cara sem registro, por segundo, do Crefito que não fiscalizou, por terceiro, do teu primo que aceitou essa situação. Seguindo nessa linha de pensamento: por que o hospital não contratou a mulher mesmo com o registro no Crefito vencido?
E "os caras" tem que prestar contas a você, a mim, e a todos os profissionais registrados e não registrados.
Agora... se todo mundo abaixa a cabeça e aceita passivamente esse tipo de irregularidade não posso fazer nada a não ser lamentar.
Na prática, a regulamentação não criará piso salarial.
E quanto ao fato de não haver ninguém reclamando aí... ótimo.
É sinal de que está tudo muito bom, tudo muito bem.
Mas o michelazzo é daí de São Paulo também e passa reclamando, inclusive ele está pensando em se mudar de "mala e cuia" para as Alagoas.
[41] Comentário enviado por torture em 18/08/2010 - 09:57h
michelazzo:
Presto serviço a vários conselhos em maceió e vejo como lutam pelo profissional, claro michelazzo que o piso salarial e diferenciado entre estados, pois quem luta pela classe são os sindicatos isso eu sei muito bem, não ache pq vc mora em sampa vc e superior aos profissionais aqui, tem muito cara bom aqui como ai também tem aqui não é interior não viu espero que vc venha aqui e conheça a cidade antes de falar o que vc não conhece claro que não tem a proporção de são paulo, mas minha cidade já passa de 1 milhão de habitantes, se vc é tão bom pq vc não esta trabalhando na intel, microsoft, google, etc ai baixaria a cabeça pra vc e diria parabéns fodão. kkkkk seja humilde.
[42] Comentário enviado por Teixeira em 18/08/2010 - 10:33h
Interessante como esse assunto é polêmico!
Vamos esclarecer um pouco as coisas:
A meu ver, as profissões da área não estão devidamente regulamentadas em primeiro lugar porque não há um interesse FOCALIZADO pelos próprios profissionais.
Está todo mundo "atirando de chumbinho", e cada um para um lado diferente.
Unicamente pelo fato de ser mais idoso que a grande maioria dos participantes do VOL, afirmo que trabalhei na área desde 1961 e que desde meados da década de 70 vinha tentando fazer alguma coisa nesse sentido.
Portanto, na época em que eu militava para uma regulamentação, muitos de vocês eram crianças e nem sequer sonhavam em trabalhar com computadores.
Questão apenas de cronologia, já que não é minha intenção ofender a ninguém, e não pretendo ser mais que ninguém.
Como foi dito acima, a primeira dificuldade é criada pelos próprios profissionais, e em seguida por grandes conglomerados que não se interessam jamais em permitir tais regulamentações, que a seu ver trariam "prejuízo" em suas folhas de pagamento.
Muito poucas empresas mudaram de mentalidade.
No início o Bradesco pagava "mal e porcamente" ao pessoa da informática, sendo considerado em uníssono naquela época como "o banco que pior pagava" aos seus informatas.
Hoje porém essa realidade mudou da água para o vinho, e entre salários e outros incentivos, pode ser considerada atualmente uma das EMPRESAS que melhor pagam a seus informatas.
Contudo, sempre houve uma espécie de salário-padrão, onde mesmo sem regulamentação alguma as empresas em sua maioria já praticavam uma remuneração quase comum, de forma a que sempre se sabia se alguém estava com um a remuneração "de mercado", ou ainda acima ou abaixo dele.
Isso ocorria naquela época porque os informatas ao preencherem suas fichas de admissão às empresas, informavam a sua própria pretensão salarial.
Com base nisso, o mercado - seguindo as suas leis próprias - foi-se adaptando.
Note-se que naquela época as Faculdades não despejavam toneladas de pessoas no mercado de trabalho, e que havia basicamente duas empresas dominantes como fornecedores de hardware, software e tecnologias diferentes, a saber a IBM e a Burroughs (atual Unisys), além de outras empresas menores.
Então um profissional era treinado para conhecer no mínimo duas tecnologias diferentes.
No tocante à Austrália:
Estou sempre me referindo à Austrálía em referência ao Brasil, por uma série de razões:
- A primeira delas, é que é um país de TERCEIRO mundo, porém com todas as características de PRIMEIRO;
O Brasil é um país que insiste em continuar no terceiro mundo, em virtude apenas do "modus pensandi" de um povo, já que na prática temos a condição de sermos auto-suficientes, mas não exercemos tal condição e fingimos desconhecê-la.
A Austrália dificilmente será "auto-suficiente", pelo menos da mesma forma que nós.
- A mão de obra especializada australiana é grandemente baseada no "know-how" de emigrantes, assim como nos Estados Unidos.
No Brasil, além de contarmos com treinamento externo, a maioria de nossa mão de obra é própria.
- A Australia não é um país livre de problemas. Pelo contraŕio, tem problemas políticos e sociais um pouco diferentes dos nossos, porém bastante graves, e que vem sendo arrastados para o futuro. Já vimos esse filme por aqui.
Nem tudo ali são flores. É por assim dizer "um excelente bife, mas sem tempero".
E para quem está acostumado com São Paulo e Rio de Janeiro, a única cidade interessante é Sydney, que é onde acontecem as coisas. A maioria das outras cidades importantes lembra muito o interior europeu.
A maioria do território é formada por extensos desertos e as cidades menos importantes são exatamente como nos filmes do "Crocodile Dundee" (o ator Paul Hogan é australiano).
As praias do nordeste são proibitivas para a vida humana, por causa de sua fauna hostil.
Então, para se ter sucesso em uma profissão não é necessário "ir para lá' - e nem sair do Brasil.
Basta focalizar nossos objetivos para fazer o que se pretende AQUI MESMO.
- Acabei sendo um sócio entusiasmado do Mike no "Centro Cultural Brasil Austrália", que fica aqui na Lapa (Rio de Janeiro) o que me faz ter uma aproximação maior que o normal com aquele país.
- O ensino acadêmico australiano tem obrigação de primar pela excelência, e não pelo "despejo em massa" de novos trabalhadores no mercado.
Ali dá-se tanto valor ao ensino e ao aprendizado, que existem muitas escolas especializadas nos mais diversos assuntos, por mais "insignificantes" que possam parecer, como por exemplo a Austrailian Film and Television School.
É muito difícil conseguir uma vaga ali. O curso é de dois anos, mas o aluno sai dali "fera" naquelas mídias.
AQUI até mesmo em certas Faculdades aprende-se apenas a utilizar de ferramentas da Microsoft e concede-se ao aluno o título de "tecnólogo". Bem diferente, não?
Acho que se temos de copiar alguma coisa de alguém que seja o lado que presta, não o que não presta.
Ah, e na Austrália tem Conselhos, mas que a meu ver TAMBÉM deixam a desejar.
Por exemplo, o Lou Forte (Lourenço) para fazer um show cantando "bossa nova" recebeu DETERMINAÇÃO do "Arts Council" para trajar-se de poncho e sombrero...
Dá para imaginar?
Resumo:
O mercado vai continuar do jeito que está, o Conselho já vem por aí, e salve-se quem puder!
No ano que vem já estarei aposentado mesmo...
[43] Comentário enviado por removido em 18/08/2010 - 10:35h
Mais uma vez, se o conselho(s) criados atuarem como o crefito, é melhor ficar como está. Como e mencionei acima ,"Vou mais além, relatando que meu primo enviou e fez alguns (muitos) relatos de irregularidades (com relação a área de fisioterapia, tais como profissionais trabalhando com registro (o tal do crefito) vencido, ou piso abaixo da piso salarial) que ele constatou nos hospitais em que trabalhou. Nunca recebeu nenhuma resposta nem fiscais compareceram aos locais onde irregularidades foram relatadas. ", portanto, meu primo fez e sim a parte dele, não uma mais várias vezes. Ele não aceitou e não aceita a situação, mas fez o possível ao alcance dele, denunciou ao órgão responsável pela fiscalização.
Pelo que entendi o que o michelazzo disse é que se houver um piso, e for para ganhar em Maceió o que ganha aqui ele prefere trabalhar em Maceió, e nisso com certeza ele não será o único.
Para encerrar minhas argumentações. Em minha opinião não é por que será regulamentada a profissão e criado conselhos que as coisas vão irão obrigatoriamente mudar. Pode tanto ficar como está, pode melhorar ou pode até piorar. Pense por esse lado: Imagine quantos que se dizem Técnicos de e em Informática e não possuem conhecimento técnico, teórico ou prático se beneficiarão com a regulamentação. O cara não possui qualificação alguma mas será reconhecido como Analista de Sistemas só porque instalam Windows e software pirata a 4, 5 ou mais anos? Imagine isso sem levar em conta os excelentes profissionais, que mesmo sem formação específica na área possuem vasto conhecimento teórico, técnico e prático.
Por fim, uma empresa que procura um profissional da área não vai contratar o mesmo apenas porque ele é reconhecido como um profissional da área e pertence a um conselho. Os testes para contratação, análise de currículo experiência profissional vivenciada ainda serão os diferenciais. Por outro lado, será que o meu vizinho vai se preocupar em contratar um profissional regulamentado para formatar e instalar o Windows no Computador de 999 reais com Linux que ele comprou nas casas Bahia? Certeza que não, vai chamar um dos que se dizem Técnicos para instalar um Janelas piratão. Ou seja, nada vai mudar, apenas pagaremos uma taxa de anuidade para um órgão que pode ou não atuar em nosso favor.
[44] Comentário enviado por removido em 18/08/2010 - 10:46h
Teixeira:
Sensacional, muito bom: o cara cantando "bossa nova" trajado de poncho e sombrero. Só faltou exigirem que ele gritasse "ai ai ai" no final. Demorei para responder por que tive que parar de dar risada. Para você ver, absurdos acontecem no mundo todo.
Eu comentei sobre a Austrália antes devido às diferenças de tamanho geográfico entre ela e o Brasil.
Mas é isso aí: o mercado continuará igual e a regulamentação será implantada.
wdmatheus:
Teu primo deveria ter recorrido ao Ministério Público então.
E o cara deverá comprovar que exerce a profissão de Técnico por 4 anos através de carteira assinada, ou uma declaração de uma assistência idônea com firma reconhecida dizendo que o cara trabalha ou trabalhou nela de tanto a tanto, ou declarações de clientes (tudo com firma reconhecida) para os quais o cara prestou serviço, etc.
Então vamos todos para as Alagoas...
Torture, tem lugar aí para todo mundo na tua casa?
[45] Comentário enviado por manoel-ramos em 18/08/2010 - 10:49h
Pessoal!!
Concordo com muitos e discordo de alguns!
Aprovo a criação de um Conselho Federal e Regional de Informática. Trabalho a mais de 8 anos com TI, sou favorável na utilização de Softwares Livres, dedicadamente ao Linux e suas aplicações, mas também entendo os lados das Grandes Companhias como Microsoft, IBM, HP, etc. O Fato de regularizar nossa profissão é extremamente importante para a nossa carreira e para a economia do país. Assim como o CREA para técnicos e engenheiros, OAB para Advogados, COREM para Técnicos e Enfermeiros, CRM para Médicos e assim vai. Imaginem se qualquer um possa ser um engenheiro Civil e construir prédios e pontes, colocando diversas pessoas em risco, assim como Médicos para a vida das pessoas e Advogados para defender nossos direitos. Nós da área de TI, possuímos uma responsabilidade tão grande quanto à destes profissionais. Cuidamos das informações de todos, se errarmos, o local do qual estamos prestando serviços poderá ter grandes impactos negativos, pois a TI está em todos os lugares e empresas, de todos os segmentos.
O mercado de TI está repleto de pessoas que se acham, que são os fud.. da computação, que são melhores que todos em volta e isto é um grande problema. Sou Gerente de TI e me deparo com isto todos os dias. Por que a mídia informa que o mercado de TI está sempre em alta e que sobram diversas vagas? A resposta é Porque faltam profissionais devidamente qualificados, não necessáriamente como técnicos qualificados na área, mas sim profissionais qualificados como pessoas, educação, humildade, etc, ou seja, saber trabalhar e respeitar as pessoas.
A questão da criação de um conselho de informática, não é o simples fato de setar regras e impor dificuldades, mas sim, regularizar a profissão, certificando realmente aqueles que se dedicam na área e assim tornando nossa profissão muito mais respeitada, qualificada e de alta visibilidade na sociedade.
Deixo o meu recado.
Grande abraço a todos.
[48] Comentário enviado por torture em 18/08/2010 - 12:16h
Manoel Ramos;
Vc se expressou da melhor forma possível parabéns, falou tudo que eu gostaria ter falado e não consegui. vc e o julio estão convidados a conhecer maceió, teremos um congresso aqui em outubro e já esta confirmado o Jhon Maddog hall olha o link.
[50] Comentário enviado por snails em 18/08/2010 - 16:35h
Boa tarde a todos.
Concordo com o comentário do Manoel.... existem seus prós e contras sobre as normas e regulamentos para o "CRI"...se for esta a sigla usada.
Muitos nos dias de hoje fazem uns cursos técnicos e são ótimos profissionais, e outros fazem mestrado em alguma coisa em informática e não conseguem instalar um Kurumin num computador (não desmerecendo a Distro, mas foi a distro free mais fácil de instalar que me veio na cabeça).
Acredito que mais polêmico que o papo sobre regulamentar alguma coisa nessa área, será o depois.....
Por exemplo, digamos que seja aprovada a emenda que crie o Conselho Regulamentador no Setor de Informática e Afins.... quem vai criar a forma de regularizar tudo ? Como vão regularizar ? Será que a forma encontrada é a melhor ?
Acredito que devemos estar mais preocupados com esses aspectos pois o fato de se criar uma credencial ou algo para regulamentar....é idéia passada e necessária.
A respeito do corte de vagas e adaptação das empresas, isso se faz necessário e acredito que quem vai sair lucrando são os empregados. Pense numa empresa que tem seu técnico ou gerente de TI de alta confiança trabalhando sem superior (acreditando que seja a base para regularizar, seja possuir um superior na área), vale para a empresa mandar ele embora e contratar outro profissional ? Ou vale a pena ajudar no custo de um curso para o funcionário ???
Muitas empresas vão praticamente jogar seus responsáveis em cursos para serem devidamente legalizados, e com isso o profissional acaba ganhando status e conhecimento no mercado. Os que estiverem no mercado, serão uma opção para as demais, mas claro que cada empresário tem sua visão sobre o mercado.
Acredito eu que este seja o momento, pois sem uma norma dessas, muitas coisas "negras" podem acontecer no mundo da informática que as autoridades e as pessoas não vão saber para quem ou com quem reclamar. Regularizando esta situação, ao menos uma orientação teremos e uma filtragem mais objetiva ao se dizer se somos profissionais de qualidade ou se necessitamos de mais conhecimento para isso.
[53] Comentário enviado por removido em 18/08/2010 - 22:25h
torture:
O interesse sempre há. Mas eu sou Funcionário Público e dependo de horários.
Tenho interesse tanto pela presença do barbudo (já confirmado) e do Rasmus Lerdof (a confirmar) quanto pelas provas da Certificação.
Os palestrantes nacionais também são muito bons.
Mas ainda é cedo para eu confirmar. Manterei contato e avisarei se eu for ou não.
[55] Comentário enviado por removido em 19/08/2010 - 12:07h
Trechos retirados do site da SBC onde tentam justificar a criação do Conselho Nacional de Auto-Regulação:
"Nas profissões em que há um direto relacionamento entre o cidadão e o profissional liberal,
e nas quais a vida ou saúde do cidadão podem correr algum risco, a atuação preventiva de
um conselho de profissão, no sentido de realizar rigoroso controle prévio de quem pode ou
não exercer a profissão, encontra justificativas convincentes, embora, saibamos todos que
isto não assegura e nem garante a competência de todos autorizados a trabalhar.
Entretanto, há profissões, como é o caso da Informática, em que este controle preventivo é
inócuo, porque, nestas profissões, a população não contrata diretamente serviços
profissionais para desenvolver suas soluções do dia a dia, e, PORTANTO, NÃO HÁ INTERAÇÃO
DIRETA ENTRE SOCIEDADE E PROFISSIONAL. Particularmente, na Informática, o cidadão comum
raramente contrata diretamente um profissional liberal para desenvolver um software sob
medida, por exemplo."
"...entendemos que, em analogia com o que ocorre no setor publicitário, onde atua o CONAR, as entidades organizadas do setor de Informática, representativas dos trabalhadores, de empresas e da comunidade científica de ensino e pesquisa em Computação poderiam e deveriam, a exemplo dos publicitários, livremente constituir um Conselho de Auto-Regulação,..."
"6. conselho de Auto-Regulação atuante para A DEFESA DA SOCIEDADE por meio da vigilância do cumprimento da ética e de defesa da área do ponto de vista político."
Os grifos acima são meus.
Ora, se eles mesmo alegam que não há interação direta da sociedade com os profissionais de TI, a Sociedade precisa ser protegida de que então com um Conselho de Auto-Regulação?
Isso é um enorme contrassenso.
E em qual realidade o cidadão comum raramente contrata diretamente um profissional liberal de informática para fazer um serviço?
Eu mesmo conheço vários profissionais aqui que são contratados por cidadãos comuns para fazer desde manutenção de computadores até desenvolvimento de software.
Eu mesmo trabalhei durante anos como Técnico Autônomo prestando assistência para cidadãos comuns e pequenas empresas.
Isso está me parecendo que esse tal Conselho de Auto-Regulação irá proteger somente as empresas de TI e não os profissionais de TI de um modo geral.
É por isso que sou a favor do Projeto de Lei com regulamentação Legal, mesmo com a criação de Conselhos Regionais.
[56] Comentário enviado por Ssa-Bahia em 20/08/2010 - 10:00h
Li quase todos os comentários postados e percebi que há uma certa conclusão precipitada tirada pelos profissionais do sudeste do pais em relação ao Nordeste, pelo que entendi , mim desculpe se não era isso que vocês tentavam se expressar, no nordeste possui poucos provisionais, e os que existe são despreparados ou inferiores no que diz respeito desempenho profissional aos do sudeste. No meu vê, estão quase completamente equivocados.
No meu estado(Bahia ) as faculdades jogam no mercado centenas de profissionais todo semestre , despreparados com certeza como os do sudeste são quando recém formado( com exceções claro). Sobre qualificação profissional, hoje Pernambuco possui umas das melhores escolas(Universidade) de informática do Pais, voltando a Bahia atualmente há uma certo Blá..Blá sobre vagas que existem e que virão a existir com a construção de um pólo tecnológica ( que esta em construção atualmente ) e não possui profissionais qualificados para ocupalas, mas mim pergunto constantemente o porque disso, porque profissionais qualificados com certeza há, mas será que estão dispostos a receber o que eles querem pagar?
Vi também uma certa comparação de paraíso e inferno ...São Paulo violenta , nordeste água de coco, hehe... Esqueça isso ... hoje Salvador , Recife e outras cidades do nordeste estão entre as cidades mais violentas do Brasil, alem do transito de Salvador ser caótico. Esqueçam o que passa na televisão eles mostram o que querem, a realidade é completamente diferente.
[57] Comentário enviado por removido em 20/08/2010 - 15:27h
Ssa-Bahia:
Muito bem dito. Aqui no Rio Grande do Sul também vejo isso. Empresas oferecendo R$800,00 (oitocentos reais) para programadores e exigindo conhecimentos em PHP, Java, Javascript e domínio em algum banco de dados.
Nesse sentido a regulamentação trará mais respeito e credibilidade.
E não dá para tirar conclusões tendo por base os comentários de um ou dois idiotas do Sudeste. Bons e maus profissionais existem em todas as regiões. Não se pode generalizar.
A violência está por todo o País, tanto na zona urbana quanto na zona rural, tanto no interior quanto na Capital. Em alguns lugares mais, em outros menos.
[58] Comentário enviado por mfsmarcelo em 21/08/2010 - 07:18h
Gente é certo que isso uma hora ou outra ia acontecer mesmo...
concordo plenamente com meu amigo julio, será bem melhor termos a profissão "regulamentada", assim poderemos lutar por melhores
remunerações e sermos mais respeitados.
[59] Comentário enviado por tsanches em 21/08/2010 - 16:08h
é mas na minha opinião, isso será convertido em mais um imposto, igual o crea dos engenheiros, você acredita mesmo que o governo vai fazer isso porque esta a favor dos profissionais de Informática?
Ele vai é fazer a gente pagar mais imposto!!!
TSANCHES
[60] Comentário enviado por removido em 21/08/2010 - 19:06h
bitsystems:
Sei que você, como dono de empresa, está preocupado, mas não será um imposto, e sim, uma anuidade. O valor da anuidade é regulamentado por Lei.
No CREA para pessoa física, profissional de nível superior paga R$ 219,50 e profissional técnico de nível médio R$ 110,00.
Para pessoa jurídica depende do capital social da empresa. Para empresas com capital social em até R$100.000,00 a anuidade está em R$336,00. Lembrando que esses valores podem ser parcelados em até 3 vezes.
O CFM (Conselho Federal de Medicina) fixou o valor da anuidade para os CRMs em R$460,00 para pessoa física.
O valor da anuidade varia de Conselho para Conselho, mas Conselho nenhum pode extrapolar no valor.
Para quem não sabe: anuidade é valor pago por ano e mensalidade é por mês.
[61] Comentário enviado por premoli em 23/08/2010 - 11:05h
Outro dia veio aqui na empresa, um político, no restaurante pedindo voto. A primeira coisa que veio em minha cabeça foi regulamentação das profissões do profissional de TI. Ele achou legal, mandou o assessor anotar e perguntou: - Vocês são em quantos aqui na empresa? Quer dizer, queria saber quantos votos poderia receber se lutasse por essa causa. Falando nisso, como anula voto mesmo?
[62] Comentário enviado por removido em 23/08/2010 - 15:57h
premoli:
O melhor voto de protesto é não votar. Você pode justificar antecipadamente o não comparecimento inventando uma desculpa daquelas bem esfarrapadas ou pode simplesmente não comparecer e depois pagar uma multa de uns cinco reais mais ou menos.
Voto nulo ou voto em branco considera-se que o cara ou está satisfeito com a situação ou não está nem ligando para quem se elege ou deixa de se eleger.
Mas escolhendo qualquer uma dessas três você estará deixando de exercer teu direito sagrado e quase que místico de votar contribuindo assim para o fortalecimento da nossa amada democracia em prol dos direitos e blá blá blá...
Mas vamos que alguém, no meio desse montão de gente que acessa o VOL, conheça um político influente.
[63] Comentário enviado por allanmarques em 24/08/2010 - 01:10h
Esse papo de regulamentação é assunto de trabalhinho de faculdade, não vale a pena nem se desgastar debatendo idéias que isso é sonho e mesmo que viesse a se tornar realidade só quem ficaria satisfeito com isso seria os preguiçosos.
Vou explicar, porque apenas um certificado comprado os colocaria no mesmo patamar de profissional da área.
Sobre as faculdade que oferecem formação em TI no Brasil,cursos de analise, ciências e redes, tudo a mesma coisa farinha do mesmo saco, não muda nada, você paga e recebe. teoria e o certificado, o resto você que corra atrás, conclusão certificado não é garantia de competência.
Localização Geográfica influi na competência de alguém?
Questão salarial, me chamou atenção por se repetir em alguns comentários, hoje em dia qualquer técnico que faça manutenção em computadores e que entregue um bom serviço consegue chegar R$ 2.000,00, ta se não achou o salário bom, seja diferenciado e terá um salário diferenciado.
Informação é o que não falta, aqui mesmo no VOL tem muita, só não perder o foco com assuntos que não levaram a lugar algum e estudar.
[64] Comentário enviado por removido em 24/08/2010 - 03:26h
Caro allanmarques:
Eu li e reli umas oito vezes o teu comentário... e não consegui entender muito bem o que você quis dizer.
Acredito que sou muito burro para não ter entendido um simples amontoado de letras e palavras.
E pode acordar do sonho então. O projeto foi aprovado no Senado e vai para a Câmara dos Deputados e depois será sancionado pelo Presidente (talvez não pelo Lula) e já virou realidade.
E se as faculdades são "tudo farinha do mesmo saco"... ótimo... melhor ainda... assim fica mais fácil ainda para todo mundo se formar. Daí o próprio mercado se encarregará de separar os competentes dos incompetentes, mas com uma diferença de como é hoje: todo mundo terá um diploma.
E não estamos nos desgastando. Uma troca de ideias acelera os neurônios.
E você também perdeu o foco e teve que dar teu palpite nesse assunto que leva a lugar nenhum!
E por falar em estudar: abaixo segue teu comentário com alguns erros gramaticais (em caixa alta) corrigidos:
Esse papo de regulamentação é assunto de trabalhinho de faculdade E não vale a pena DESGASTAR-SE debatendo ESTAS IDEIAS PORQUE isso é UM sonho. E mesmo que ESSE SONHO viesse a se tornar realidade, SOMENTE OS PREGUIÇOSOS FICARIAM SATISFEITOS com isso.
Vou explicar: APENAS um certificado comprado os colocaria no mesmo patamar DOS PROFISSIONAIS da área.
E SOBRE as FACULDADES que oferecem formação em TI no Brasil; cursos de ANÁLISE, ciências e redes; SÃO TODAS A MESMA COISA: farinha do mesmo saco, não MUDAM nada. VOCÊ paga e recebe EM TROCA teoria e UM DIPLOMA. O RESTANTE você que corra atrás. CONCLUSÃO: DIPLOMA não é garantia de competência.
Localização GEOGRÁFICA influi na competência de alguém?
Questão salarial: CHAMOU-ME A atenção por REPETIR-SE em alguns comentários. HOJE em dia, qualquer TÉCNICO que faça manutenção em computadores e que entregue um bom serviço consegue chegar A R$2.000,00 POR MÊS. SE VOCÊ não ACHA ESSE salário bom, seja diferenciado e terá um salário diferenciado.
Informação é o que não falta. AQUI mesmo no VOL tem BASTANTE. É só não perder o foco com assuntos que não LEVARÃO a lugar algum, e estudar.
Obs.: Os demais erros ficam de lição de casa para você estudar.
[65] Comentário enviado por capitainkurn em 24/08/2010 - 10:31h
TI é como pornografia, todo mundo sabe o que é mas ninguém é capaz de explica-la.
Conheço diversos profissionais que não possuem nível superior ou certificações no entanto são muito competentes, eu mesmo trabalho na área a 25 anos e não sou formado. O que farão? Vão nos atirar ao ostracismo?
Os dois melhores programadores que conheço, um é dentista e o outro engenheiro civil e trabalham efetivamente com programação.
TI é tão vasta e diversificada que não é possível definir uma linha fronteiriça entre quem é "usuário" ou "profissional".
[66] Comentário enviado por removido em 24/08/2010 - 10:44h
capitainkurn:
Meu caro Carlos, para poupar-lhe o estafante trabalho de consultar o projeto de Lei no link para o Senado no texto acima ou de ter que se informar melhor lendo os comentários já postados, transcrevo os artigos de seu interesse e de seus amigos Dentista e Engenheiro Civil dizendo:
SEUS PROBLEMAS DE OSTRACISMO ACABARAM!!!
"Art. 2o Poderão exercer a profissão de Analista de
Sistemas no país:
I – os possuidores de diploma de nível superior em Análise
de Sistemas, Engenharia de Software, Ciência da Computação ou
Processamento de Dados, expedido por escolas oficiais ou
reconhecidas;
II - os diplomados por escolas estrangeiras reconhecidas
pelas leis de seu País e que revalidarem seus diplomas de acordo com a
legislação em vigor;
III - os que, na data de entrada em vigor desta Lei, tenham
exercido, comprovadamente, durante o período de, no mínimo, cinco
anos, a função de Analista de Sistemas;
Art. 3o Poderão exercer a profissão de Técnico de
Informática:
I - portadores de diploma de ensino médio ou equivalente,
de Curso Técnico de Informática ou de Programação de Computadores,
expedido por escolas oficiais ou reconhecidas;
II - os que, na data de entrada em vigor desta Lei, tenham
exercido, comprovadamente, durante o período de, no mínimo, quatro
anos, a função de Técnico em Informática;"
[67] Comentário enviado por irado em 24/08/2010 - 11:12h
como coloca o paulino michelazzo, a regulamentação (pelo menos infere-se de seu conteúdo) nada mais faz do que estabelecer MAIS UM "cartório" no País. Nada mais. Não trará benefícios para ninguém, mas trará entraves significativos. O paulino conhece até melhor do que eu, viajado que é, mas em NENHUM lugar civilizado DO MUNDO temos a imposição de diplomas, certificados, etiquetas, rótulos e etc. Conheço melhor as multinacionais de origem americana, sueca e alemãs e posso afirmar: a busca é por COMPETÊNCIA e NÃO por papéis/certificados. Claro, as filiais das empresas que conheci e que estejam estabelecidas AQUI fazem, graças aos seus gestores, questão absoluta da papelada inútil. Aqui não se pergunta se vc SABE fazer as coisas, mas sim QUAL o papel que vc tem. Lá fora, (nas que conheci), vc pode dizer "eu sei" e vão te colocar em algum lugar para fazer o que vc disse saber. Duas horas depois vc está contratado. Ou despedido. Simples assim.
já as funções "de cartório" que temos aqui podem ser apreciadas no próprio sindicato da categoria (trabalhadores da informática, etc, etc, etc - um monte de definições para ser bem abrangente). Na calada da noite, em um novembro qualquer, uma assembléia decidiu, pela "esmagadora maioria" de 15 participantes que, a partir do janeiro seguinte seria cobrada uma taxa de RS$.12,00/mês de TODOS os trabalhadores na área (obrigava-se as empresas a recolherem dos seus trabalhadores, SINDICALIZADOS OU NÃO, sob pena de vultuosa multa). Pagavam todos, sindicalizados ou não (eu nem sabia que a po**a do sindicato existia).
claro que existiam mecanismos para vc NÃO pagar essa taxa (vejam que em março haveria TAMBÉM o imposto sindical). Pelas instruções do sindicato, bastava vc preencher carta de próprio punho EM DUAS VIAS (não aceitavam xerox), assinadas e com informações dos seus documentos (rg/cic). Para facilitar, vc deveria ir PESSOALMENTE à barra funda, sede do sindicato, com a tal carta. O período concedido foi curto: 3 dias em determinada semana de janeiro.
podem acreditar: fila IMENSA, ao sol (e chuva, se fosse o caso).
agora, como uma "assembléia geral" de um sindicato papa-níqueis pode decidir sobre a vida de NÃO SINDICALIZADOS é que me escapa da compreensão.
pela amostra, dá pra se entender o que virá com a tal "regulamentação".
no exterior, papel não aumenta salário de ninguém.
[68] Comentário enviado por removido em 24/08/2010 - 11:25h
irado furioso com tudo:
Em primeiro lugar, vamos tomar um chazinho de maracujá...
Sindicato é uma coisa, Conselhos Regionais de Classes são outras e Cartórios são mais outras ainda.
SINDICATOS tem nada a ver com os Conselhos que, talvez, serão criados com a regulamentação.
Vou desenhar para você entender melhor:
S I N D I C A T O S = uma coisa;
C O N S E L H O S = outra coisa bem diferente da uma coisa.
Não sou filiado a nenhum sindicato e não sou favorável à ideia de sindicatos.
Por gentileza, quando estiver calminho em paz com tudo leia o comentário enviado pelo manoel-ramos. Ele sintetizou com propriedade tudo o que eu gostaria de ter dito.
[69] Comentário enviado por ---Anonymous--- em 24/08/2010 - 11:54h
Pessoal, aqui é o Brasssssssssssssssiilll, relaxem e gozem. Aqui tem de tudo, logo mais sai essa tal de REGULAMENTAÇÃO de TI para os vagabundos de Brasília ganharem em cima.
Tudo o que é feito em Brasília, é para os vagabundos de terno ganharem em cima do povo.
[71] Comentário enviado por ---Anonymous--- em 24/08/2010 - 12:25h
HAHAHAHA, caro Julio, vc tem razão, não existe diferença depois de fumados, mas existe diferença entre os dois sim.
Um baseado vc bola para fumar "DEPOIS", tipo, deixa ele pronto para fumar quem sabe daqui umas 3 horas.
Já o famoso BEQUE, vc bola e fuma na hora, é tipo um BASEADO EXPRESS hahahahahaHAHAHAHHAHA.
Mas ae cara, curti esse assunto de REGULAMENTAÇÃO, vou ser realista, não ligo muito pra fazerem isso aqui no Brasil, pois não espero nada dos políticos safados que chupam nosso sangue e nós não fazemos nada.
O que eu realmente quero é uma ÓTIMA educação nas escolas, e HOSPITAIS super bons para atender a população.
E desejo que todos aqueles que estão na área da informática como nós, sejam cada dia que passa mais espertos, e que possam resolver seus problemas com mais facilidade. Amém.
[73] Comentário enviado por antonioclj em 24/08/2010 - 12:45h
Realmente o assunto é de ampla discussão. Algumas situações quando se cria um conselho
podem ser favoráveis e outras nem tanto assim. Uma delas é a equiparação salarial ou base
salarial uma vez que temos cargos digamos pré-definidos. Isso leva a uma fiscalização por
parte dos conselhos nas empresas que prestam serviços. Pensando no lado da empresa: Será que a mudança na forma como ela contrata seus funcionários no setor de tecnologia afetará seus custos ? Obviamente que sim. E neste ponto temos um grande problema. Custo alto para uma empresa significa duas coisas: ou ela enxuga o quadro de funcionários ou então ela acaba sobrecarregando os mesmos. Isso é capitalismo.
Em relação a criação de softwares a coisa é ainda pior. Existem setores da programação
que são bem específicos como por exemplo os dispositivos microcontrolados. Estes dipositivos em sua grande maioria fazem atuação em cima da eletrônica. Muitos progra madores não gostam de programá-los uma vez que os mesmos estão associados a eletrônica. E ai quem vai programar tais equipamentos ? Um exemplo desta situação é a robótica onde o uso de microcontroladores é amplo e em sua maioria são programados por técnicos em eltrônica, técnicos em mecânica bem como engenheiros das áreas afins.
A criação de um conselho, só por criar não resolve mesmo o problema. Outra situação nteressante
é em relação ao CREA. Desde 2005 temos no conselho a NR1010. De modo geral esta NR torna
a expedição de registro do profissional atrelada a grade curricular. Ou seja, a partir desta
NR só poderá exercer profissão aquele que realmente tiver visto os conteúdos associadas
a área afim. Imaginemos tal situação se aplicada a informática. Um programador com sólidos
conhecimentos em Java termina seu curso e por sua infelicidade este mesmo curso não contemplava em sua grade curricular a programação Java. Seguindo a idéia da NR1010 o mesmo não poderia estar apto a programá-la. A solução ? Voltando para a escola e fazer um curso específico de Java.
Senhores o assunto é cheio de polêmicas. Estas polêmicas podem criar brechas. Podemos ter no futuro profissionais ganhando o mesmo que hoje e ainda termos as empresas amparadas pela lei.
[74] Comentário enviado por removido em 24/08/2010 - 13:11h
antonioclj:
A Resolução nº. 1010 de 22 de agosto de 2005 do CONFEA não atrelou necessariamente a expedição do registro profissional à grade curricular, mas estabeleceu basicamente as definições das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Urbanista, Geólogo, Geógrafo, Meteorologista e definiu as diferenças entre Tecnólogo e Técnico.
A regulamentação na área de TI não chegará a ir tão fundo assim a ponto de criar profissões do tipo: Programador em Java, Programador em C, etc...
Tomando como exemplo os dispositivos microcontrolados, tanto os Técnicos em Informática quanto os Técnicos em Eletrônica, Técnicos em Mecânica, etc, poderão programá-los. Esse tipo de situação o mercado irá regular. Será contratado aquele que souber programá-los.
Lembrando que a área de Engenharia é muito mais antiga que a área de TI, tanto assim que ainda nem encontramos nosso "metro quadrado" para definir quanto vale um software.
[75] Comentário enviado por antonioclj em 24/08/2010 - 13:36h
$julio_henrique:
A resolução NR 1010 atrelou sim as profissões a grade curricular. Antes tinhamos por exemplo somente engenheiro eletricista. Hoje é: automação, telecom, eletrotécnica e assim para as outras profissões.
"Técnicos em Informática quanto os Técnicos em Eletrônica, Técnicos em Mecânica, etc, poderão programá-los. Esse tipo de situação o mercado irá regular. Será contratado aquele que souber programá-los."
Se o mercado irá regular não vejo motivo para criação do conselho. A idéia do conselho é justamente deixar explícito quais são seus direitos e deveres como profissional além de impedí-lo de atuar em áreas que não são do seu conhecimento.
"Lembrando que a área de Engenharia é muito mais antiga que a área de TI, tanto assim que ainda nem encontramos nosso "metro quadrado" para definir quanto vale um software. "
Realmente neste ponto é lamentável. Realmente é muito complicado estabelecer este preço. Os usuários de software não fazem a mínima idéia de tão complexo pode ser a criação de um software. Para eles é simplesmente um click do mouse.
[76] Comentário enviado por removido em 24/08/2010 - 13:57h
antonioclj:
A questão é a regulamentação e não a criação de Conselhos. A regulamentação tem que existir. E como eu já falei anteriormente, acredito que a opção menos pior é a deste projeto de Lei. Aliás, atualmente é a única opção e é uma opção boa.
E como disse o manoel-ramos acima sobre os Conselhos:
"A questão da criação de um conselho de informática, não é o simples fato de setar regras e impor dificuldades, mas sim, regularizar a profissão, certificando realmente aqueles que se dedicam na área e assim tornando nossa profissão muito mais respeitada, qualificada e de alta visibilidade na sociedade. "
E concordo que em algumas áreas houve uma especialização muito grande e desmembraram profissões em outras menores sem ter motivo para tanto.
E o projeto já está aprovado no Senado e irá para a Câmara dos Deputados. Fiz esse artigo mais a título de informação para quem quisesse acompanhar a tramitação dele.
[77] Comentário enviado por antonioclj em 24/08/2010 - 14:30h
Realmente a profissão deve ser regulamentada. É muito injusto aos profissionais da área de informática não ter sua profissão regulamentada. Até profissão de meretriz é regulamentada.
Muitos profissionais que criam softwares não necessariamente atuam no setor da informática, não são formados para atuarem neste setor. Este é outro problema. O que não pode acontecer é engessarmos estes profissionais de tal maneira que os mesmos se tornem impossibilitados de trabalhar com a programação.
No meu ponto de vista: Regulamenta-se a profissão, cria-se os conselhos e permita que profissionais de áreas ténicas e afins que utilizem da informática possam continuar atuando no desenvolvimento técnico dos softwares.
[78] Comentário enviado por removido em 24/08/2010 - 14:47h
antonioclj:
"No meu ponto de vista: Regulamenta-se a profissão, cria-se os conselhos e permita que profissionais de áreas ténicas e afins que utilizem da informática possam continuar atuando no desenvolvimento técnico dos softwares."
Concordo em parte com você. O projeto de Lei prevê quando deixa margem: "Art. 2º Poderão exercer a profissão de Analista de Sistemas no país:
III - os que, na data de entrada em vigor desta Lei, tenham exercido, comprovadamente, durante o período de, no mínimo, cinco anos, a função de Analista de Sistemas;" e quatro anos para Técnico.
A partir daí vale a regulamentação e o mercado é que deve se encarregar de separar os bons dos maus profissionais.
[80] Comentário enviado por Teixeira em 24/08/2010 - 16:24h
Continuo sendo a favor da regulamentação das diversas atividades de informata (já que cada caso é um caso totalmente diferente) e totalmente contrário à criação de um Conselho ou de uma Ordem.
E tenho sempre um pé atrás no tocante a Sindicatos, Associações, e até mesmo Cooperativas.
Informatas não são apenas programadores ou analistas, mas também preparadores de dados, digitadores, produtores de processamento de dados, operadores, administradores de sistemas, administradores de redes, gerentes, chefes, secretárias, auxiliares diversos, etc.
Apenas Analistas, temos "analista de suporte", "engenheiro do conhecimento", "analista de hardware", "analista de manutenção", "analista de manutenção", "analista de sistemas" (genérico) e outros, cada um com incumbências, áreas de atuação e salários completamente distintos.
É muito raro alguém conseguir emprego como "tecnólogo", pois sempre estará enquadrado de forma diferente conforme o quadro de funcionários de cada empresa.
Talvez a coisa começasse melhor através de um piso salarial regional.
Trabalhei em uma firma onde nossa Tesouraria era chamada de "escolinha".
Isso porque aos auxiliares de tesouraria era exigido registro no CRC e um mínimo de 2 anos de experiência.
As pessoas trabalhavam ali apenas até encontrarem emprego melhor. Ironicamente a firma tinha um departamento gráfico, onde qualquer "carregador de papel" (ou "Auxiliar de Serviços Gerais") pelo simples fato de trabalhar em ambiente gráfico tinha direito ao piso salarial da categoria, que já era notavelmente superior ao dos auxiliares de tesouraria (o pessoal de apoio do departamento comercial -secretárias, auxiliares, etc. - também tinha remunerações melhores que ali).
Gráficos especializados terão evidentemente melhores salários (Impressor de offset, impressor de corte e vinco, montador de fotolito, etc.)
Detalhe: Contabilistas têm um Conselho, e os Gráficos apenas seus Sindicatos. Porém estes últimos demonstram ter - de longe - uma maior representatividade.
[81] Comentário enviado por removido em 24/08/2010 - 16:27h
---Anonymous---:
Esse projeto de Controle de Acesso à Internet foi retirado do Senado em 2006 mesmo e sem prazo para retorno, pois tinha muitos entraves justamente porque interferia demais nas liberdades individuais dos usuários.
E esse é exatamente o tipo de assunto que é melhor deixar quieto.
Quem não é visto não é lembrado.
[82] Comentário enviado por removido em 25/08/2010 - 01:32h
Teixeira:
Entendo teu ponto de vista. Mas havendo a regulamentação tenho quase certeza de que será criado algum tipo de Conselho.
E também sou contrário a Sindicatos, Associações, Cooperativas e qualquer outra do gênero.
O problema reside no seguinte: uma vez implantada a regulamentação como se dará o controle dos profissionais?
Quando falo controle, quero dizer o simples registro, até para fins de estatísticas, etc.
Regulamentar a profissão sem registrar os profissionais é a mesma coisa que não ter regulamentação.
Esse é que é todo o problema.
[83] Comentário enviado por dwdu em 27/08/2010 - 14:26h
Brohter.
Magnífico essa resposta!
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Michelazzo:
Não concordo com nenhuma de tuas palavras, mas defendo até à morte o direito de dizê-las!
Eu "caí de paraquedas e o paraquedas não abriu, mandei o fabricante à..."
E se eu tivesse feito um texto muito rebuscado, somente pessoas eruditas como você entenderiam.
E quanto ao assunto estar "surrado", eu concordo, mas todo couro só é bom quando está bem curtido. E, apesar de estar "surrado", vemos que até a profissão de prostituta (Profissional do Sexo - CBO 5198) está regulamentada e a dos Analistas e Técnicos ainda não está.
Saudações.
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[86] Comentário enviado por giovanihoff em 12/03/2012 - 13:58h
VERGONHA!!! HOJE, ME ARREPENDO DE SER FORMADO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO POIS NÃO TENHO GARANTIA DE NADA! O QUE SOMOS? PARA QUE FINALIDADE SERVE O CURSO? BANDO DE DADOS? REDES DE COMPUTADORES? ENGENHARIA DE SOFTWARE,? E O QUE UM TÉCNICO EM INFORMÁTICA, TECNÓLOGO NA ÁREA, BACHAREL EM DIREITO, FILOSOFO, DENTISTA, ENG. CIVIL OU ENG. ELÉTRICO ENTENDEM SOBRE ISSO POXA?! PARA QUE SERVIU EU FICAR 5 ANOS ESTUDANDO!!! A ÁREA DE TI, NO PAÍS, É UMA VERDADEIRA PALHAÇADA... PARA QUE SERVE A SOCIEDADE BRASILEIRA DE COMPUTAÇÃO???
COMO DEFINIMOS UM PROFISSIONAL DA ÁREA DE INFORMÁTICA? ANALISTA, ENGENHEIRO, ADMINISTRADOR??? DO QUE??? PARA QUE??? POR QUE A ÁREA DE TI DEVE SER DIFERENTE DOS DEMAIS CURSOS???
É PRECISO QUE SEJA APROVADO, COM URGÊNCIA, UM PROJETO DE LEI QUE PROTEJA QUEM É FORMADO, OU SEJA, QUEM BUSCOU QUALIFICAÇÃO E, CONSEQUENTEMENTE, FORTALECER A QUALIFICAÇÃO, A LEGALIZAÇÃO, A PADRONIZAÇÃO DA ENGENHARIA DE SOFTWARE EM NOSSO PAÍS.
[87] Comentário enviado por pmichelazzo em 13/03/2012 - 04:02h
tsc tsc tsc, mais um daqueles que está perdendo emprego para o zé ruela que aprende nos telecentros do país e que acredita que diploma resolve alguma coisa.
[88] Comentário enviado por fbbrito em 27/11/2012 - 10:34h
A FALTA DE REGULAMENTAÇÃO SÓ INTERESSA AOS INTEGRANTES DE OUTRAS ÁREAS (ENGENHARIA, ADMINISTRAÇÃO, ETC...) QUE TRABALHAM NA ÁREA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO.