Estamos de volta à ativa fuçando no
Linux depois de anos parado por problemas "técnicos". Não obstante o ego se inflar ao escrever um artigo para o Viva o Linux, acredito que o mais importante é a troca de conhecimento, apesar de que há um certo conforto na estupidez.
Como diria um amigo meu: "Tome cuidado com o que você faz na frente do computador com o Linux, senão um dia a Polícia baterá na sua porta!"
Neste artigo serão apresentados, em linguagem acessível, alguns conceitos básicos para se "trabalhar" com o Linux. Porém não acredito que este artigo seja para iniciantes, mas também não é para usuários avançados... acho até que não é nem para usuários médios também.
Há que se considerar vários fatores ao alterar arquivos no Linux com "receitas" prontas e isso não é só no caso do arquivo
/etc/shadow. Aquela famosa frase: "A não ser que você saiba o que está fazendo, não altere essas configurações!" também vale quando usamos comandos prontos seguindo um tutorial ou um artigo.
É claro que isso depende da importância dos dados que você tem amontoados no computador. Se você tem um micro só para testes, para instalações, para fuçar no Linux até quando não souber mais o que está fazendo e nem o que já fez de mudanças, ou seja, está completamente perdido... não faz nem ideia de como resolver o problema, ou melhor, não faz nem ideia de QUAL é o problema, neste caso o estrago foi previsível e daí é só reinstalar o sistema. O maior estrago será somente o desgaste físico da máquina. Mas afinal, o computador em questão foi designado para isso mesmo, para testes.
O problema reside quando temos dados importantes no computador e não fizemos backup e não podemos perder estes dados (tais como aquele vídeo da última apresentação dos Mamonas Assassinas ou aquele vídeo daquela performance esclarecedora da Paris Hilton, na íntegra, que nem no YouTube tem). Para mim estes dados são importantes!!!
Enfim, falando-se agora de dados de empresas, informações que valem muito dinheiro, todo cuidado é pouco e ninguém é irresponsável a ponto de resolver um problema seguindo uma solução pronta postada na internet por um Zé Mané feito eu. E problemas sempre acontecem em informática.
Futucando nas últimas versões do Debian, do openSUSE, do Fedora, do Slackware, do Ubuntu e do Mandriva, priorizamos os gerenciadores de boot padrão em suas instalações também padrão, com suas respectivas atualizações. Porém, teve oportunidades em que substituímos o padrão.
Colocamos aqui algumas coisas, não todas, uma vez que o artigo se tornaria demasiadamente extenso, até porque outras coisas carecem de um maior aprofundamento e estamos apenas começando a cirurgia no Linux.
Não obstante a boa vontade de quem escreve alguma coisa e disponibiliza para todos na internet, às vezes esse conhecimento mais atrapalha do que ajuda. Mas, sendo imparcial, devemos levar em conta também que aquele que está usando o artigo ou a dica deve ter em mente que esse artigo ou essa dica pode não se aplicar ao seu caso, mesmo parecendo que sim.
Tomamos como foco principal a chamada "recuperação de senha", que não é recuperada, mas sim trocada. Para recuperar a senha teríamos que usar um programinha para descriptografá-la (eta palavra difícil de pronunciar), e, ainda assim, corremos o risco de não obter a senha original.
Ao iniciar o sistema com o parâmetro
init=/bin/bash (BASH - Bourne Again SHell) ou
init=/bin/bash rw, parâmetro este que é passado diretamente ao kernel, devemos ter em mente quatro pontos principais:
- O gerenciador de boot: se é GRUB (GRand Unifield Bootloader) ou LILO (LInux LOader), existem outros, mas estes são os mais usados;
- A distribuição que está em uso;
- O sistema de arquivos, se é ext3, ext4, ReiserFS etc;
- E se o sistema está instalado em modo texto ou modo gráfico.
Lembre-se: as informações aqui são de cunho geral. Os comandos específicos de troca de senha que estão mais adiante aplicam-se exatamente aos sistemas operacionais que foram usados e com as configurações em que foram testadas. Porém, nada impede você de adaptá-los ao seu ambiente.