Visualmente falando, a primeira impressão é: ele está bonito! Até o momento só vi o Ubuntu e Fedora se preocuparem com esse aspecto visual. Todas as outras distros que instalei mesmo que por poucos dias, não tiveram essa preocupação. Principalmente com os ícones.
Esse novo tem Yaru, ficou bem com o Ubuntu. Falando nele, por que na barra de tarefas deixaram um ícone pálido e sem graça? Não seria melhor colocar um que mais combinasse com o tema Yaru?
Optei por fazer a instalação completa do sistema, para ver os softwares embarcados nesse pacotão. Tem um pouco mais de tranqueiras que o Manjaro. Por exemplo, Gnome Minas, Sudoku e Paciência. Isso mesmo, Paciência!
Entendo que são os parceiros da Cannonical e nada que atrapalhe o uso. Se não gostar, um clique já conseguirá se livrar deles. Embora o Sudoku seja educativo, prefiro no papel. Paciência e Minas só imagino os filhos de alguém usando o computador para jogar.
Imagino que se outras distros fizessem parcerias com empresas para ter jogos e outras coisas instaladas, poderiam sobreviver por mais tempo pagando os desenvolvedores, afinal, ninguém vive de vento. E eles precisam ter tempo disponível para manter a distro. Isso também implicaria em uma parcela de usuários que dizem não utilizar uma distro por ela ter embarcado tais softwares, embora com um clique você se livre deles. Ou use a ISO Minima Install quando disponível.
Prosseguindo com a excursão sobre o sistema, vi algo interessante, uma ferramenta para criação de imagens do Ubuntu, igual uma que tem no Fedora, mas nessa precisa instalar.
Acho interessante essa ferramenta para os novatos que não usam o comando
dd, ou até mesmo para quem goste mais de interface gráfica, mesmo conhecendo o comando.
Ainda na exploração, vi um utilitário com uma lista de emoticons, em que basta copiar o código e colar onde você quiser. Prático para quem usa em Chats.
Fui fazer a instalação de alguns programas e achei lenta, então fui procurar nos fóruns e inclusive aqui, a forma de selecionar Mirrors manualmente. (Agradeço a dica do
Pinduvoz). Encontrei o programa.
O atualizador de programa existe a opção de escolher automaticamente o melhor Mirror, ou manualmente selecionar um do Brasil ou o que o programa diz ser. Mas não é possível ver a latência de cada um, igual no
Manjaro. Mas é uma opção interessante e a grande maioria nem olha isso.
Outra coisa muito interessante, foi o fato de o Ubuntu ter o ícone de gerenciamento do Dropbox na barra de tarefas. Por padrão, algumas distros vem, mas no caso do Fedora não. Isso levando em consideração a D.E. GNOME. Manjaro, Ubuntu, Solus e Debian, todas essas têm por padrão.
Recentemente, em uma discussão no fórum, alguém sugeriu que essas distros para aparecer o ícone já vinham com uma extensão ativada, mesmo sem a instalação do Ajustes (Gnome Tweek Tools). Não tenho informações sobre isso.
E por falar nele, não sei o motivo de ainda não ser padrão instalado em todas as distros com GNOME. Quase tudo na interface gráfica só muda por ele ou se você aprender os parâmetros, o que pode frustrar algumas pessoas.
Ainda pela excursão, nesse novo sistema (sim, parece um novo ou quem sabe o antigo Ubuntu. Leve e estável), achei o gerenciador de drive proprietário. É bem intuitivo e com mais informações que o do Manjaro e da Solus.
O gerenciador do Ubuntu faz a busca sozinho e também informa qual driver está sendo utilizado, um recurso Open Source ou um driver proprietário. Achei interessante ter mais essa informação.
Gerenciador do Manjaro:
Gerenciador Solus:
Até alguns dias, a procura por software estava demorando muito intendentemente da velocidade de internet. Estava parecendo primeira vez que abria a Central de Programas, mas chegou uma pequena atualização de Base do Ubuntu, que resolveu o problema.
Algo que continua no Ubuntu é o crash report. Sempre achei chato e mantenho a mesma opinião, apesar de só ter isso com um pacote específico, o Chromium.
Usando a versão do repositório padrão da distro, tive alguns crashs, mas o mesmo não aconteceu quando usava a versão Snap. Olhei o número da versão de cada pacote:
- Chromium Repositório: 73.0.3683.103-0ubuntu1
- Chromium Snap: 74.0.3729.169
Dessa forma, imagino que poderá chegar uma atualização e resolver. O crash aparece apenas se eu fechar o aplicativo sem antes fechar todas as abas, então ao reiniciar a máquina aparece a mensagem de erro.
Levando em consideração o que foi dito sobre o crash, continuarei nessa versão até sair o update, visto que não é algo que atrapalha o uso.
Um recurso que algumas pessoas talvez gostem (caso usem), é o Livepatch. Esse recurso que não é novo (lembro do lançamento mesmo sem usar o Ubuntu na época), permite que faça alterações no Kernel e não reinicie o PC.
Esse recurso precisa ser ativado e com uma conta da Ubuntu One, podendo ter três máquinas. Ao que tudo indica, para ter mais máquinas com esse recurso, usando o mesmo e-mail, é preciso desembolsar uma pequena contribuição.
Acompanhem os preços abaixo. Notem que para compensar você deve ter, pelo menos, uma empresa usando Desktops com Ubuntu, ou um servidor razoável.
Não tenho interesse em usar tal recurso. Prefiro salvar o que estou fazendo e reiniciar. Incrivelmente, você tem uma mensagem dizendo que não está disponível para essa versão (não-LTS), mas a opção do recurso aparece.
Conclusão
Vale a pena? Para o meu uso, sim! Achei o GNOME muito estável, rápido e com os elementos já citados, faz uma combinação perfeita.
Só senti essa fluidez no Fedora 30 Workstation, a estabilidade do Fedora me surpreendeu. Tive alguns problemas, mas quanto ao desempenho, tiro meu chapéu (ou, seria coloco ele?!).
Embora o correto seja comparar a distro na versão atual com as versões anteriores, a comparação com outras citadas no artigo foi para mostrar diferenças para novos usuários bem como as impressões que foram citadas no início do texto, além de que o Ubuntu, por ser a mais popular e talvez com mais apoio de uma empresa já consolidada, tivesse recursos simples que as menores já tem.
Embora não seja a versão LTS, não seria exagero dizer que para a comunidade é uma LTS não-oficial, tamanha é a polidez que a distro ficou.
Até breve.