Instalar o Slackware 14.1 em drive USB

Olá pessoal, este é meu primeiro artigo e espero estar contribuindo com a comunidade. Recentemente precisei fazer a instalação do sistema (Slackware 14.1 Current) em um HD externo que rodasse tanto em meu notebook como meu desktop, então pesquisando um pouco resolvi montar este artigo. Espero que o pessoal aproveite.

[ Hits: 8.832 ]

Por: Claudio Liandro Budal em 24/07/2015


Configurando fstab, initrd e LILO



O /etc/fstab é o arquivo que contém nossos pontos de montagem do sistema, ou seja, informa ao sistema onde localizar suas partições.

Utilizando os UUIDs do arquivo criado anteriormente /root/discos.txt:

Podemos copiar e colar utilizando seu editor de textos do coração para facilitar a operação. Exemplo do meu /etc/fstab:

UUID=0c7a5785-e705-4e94-8aa0-4a8c85e9793b swap swap defaults   0   0
UUID=dc15e38c-b7c6-4016-bc36-52dab65daa09 / ext4 defaults      1   1
UUID=3ee5e7e4-5602-42d1-a8dd-cb41e5da3594 /home ext4 defaults  1   2
#/dev/cdrom      /mnt/cdrom       auto        noauto,owner,ro,comment=x-gvfs-show 0   0
/dev/fd0         /mnt/floppy      auto        noauto,owner     0   0
devpts           /dev/pts         devpts      gid=5,mode=620   0   0
proc             /proc            proc        defaults         0   0
tmpfs            /dev/shm         tmpfs       defaults         0   0

Criar o initrd

O initrd é o cara que vai carregar os módulos que precisamos para dar boot no kernel via USB, para criar o mesmo, utilizamos:

# mkinitrd -c /k 3.18.11 -f ext4 -r UUID=dc15e38-b7c6-4016-bc36-52dab65daa09 -m usb_storage:xhci-hcd:mbcache:uas:xhci_pci:ehci_hcd:ehci_pci:loop:ext4:jbd2 -u -o /boot/initrd.gz

Não se esqueça que o parâmetro "/k 3.18.11" acima deve bater com seu kernel, o que pode ser verificado usando:

# uname -r

Bastando alterar se necessário.

Finalizando com o LILO

E por fim, necessitamos realizar alterações no LILO para que o boot possa funcionar. Altere o final do /etc/lilo.conf arquivo para:

image = /boot/vmlinuz
initrd = /boot/initrd.gz
append = "root=UUID=dc15e38c-b7c6-4016-bc36-52dab65daa09 rootdelay=10"
label = Linux
read-only

Salve o arquivo. Grave o LILO no disco externo:

# lilo -C /etc/lilo.conf -b /dev/sdb

Saia do chroot:

# exit

Remova a mídia de instalação e reinicie o PC...

# reboot

Pronto, Slackware 14.1 Current bootando via USB e em qualquer PC...

Possivelmente se você utilizar esse boot em máquinas (no meu caso o note e o PC de mesa) com chips gráficos diferentes (Radeon Switchable e NVIDIA), antes de iniciar o X deverá configurar o driver de vídeo.

Para o Radeon Switchable, utilizo o driver VESA (que funciona muito bem com GLX, DRI e afins). No PC para NVIDIA, basta instalar o driver NVIDIA (baixado do site), e quando voltar para o notebook executar o instalador do driver com a opção "--uninstall", ele faz um rollback nas configs e fica show de bola!

O único inconveniente que encontrei foi esse de ficar alternando os drivers de vídeo, porém funciona legal.

É isso aí, até o próximo artigo...

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Páginas do artigo
   1. Preparação do ambiente
   2. Configurando fstab, initrd e LILO
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Comentários
[1] Comentário enviado por xerxeslins em 27/07/2015 - 21:14h


Opa! Favoritado! Obrigado pela contribuição!

[2] Comentário enviado por Lisandro em 29/07/2015 - 13:43h

Bela contribuição. Parabéns!

[3] Comentário enviado por rrodrigues345 em 30/07/2015 - 22:34h


Olá Cláudio! Parabéns pelo artigo! Figou bem legal!

Fiquei pensando sobre a parte final, das placas de vídeo... estava pensando... será que não daria para fazer um script para que ele chamasse o driver correto ... talvez apenas por meio de um xorg.conf modificado para cada placa... ou então passar algum parâmetro no boot, aí seria o caso de ter 2 entradas no boot, uma para cada placa de vídeo... Será que alguém aqui do V.O.L. se habilita? Rsrsrs!

Achei bem legal o teu artigo pois ele aborda um ponto importante: a plasticidade do Linux (E dentro do Slackware!!), fazendo com que o sistema consiga se adaptar a diferentes ambientes (claro que dentro do seu limite de arquitetura, hardware, etc). Para isso basta que explique para ele o que foi modificado. Essas características fazem com que seja bem prático "transplantar" uma instalação Linux para outra máquina, seja para replicar em máquinas semelhantes, seja devido a upgrades de hardware, ou então, para utilizar em um hd externo sem alterar/modificar outro sistema que já esteja instalado.

Tem um breve artigo do Morimoto, onde ele "brinca" com a ideia de transplantar o Kurumin para outra máquina.. Aliás, os posts mais divertidos do Morimoto eram justamente aqueles onde ele ficava "brincando" com as inúmeras possibilidades do sistema operacional, o que em termos práticos, evidenciava toda a força que o Linux possui :) !






[4] Comentário enviado por liandro em 31/07/2015 - 00:22h

Respondendo ao Ricardo...

Tinha pensando em fazer um shell script para identificar o hardware, mas tem toda a parte dos módulos e afins, com um pouco de estudo creio que pode ser possível...

[5] Comentário enviado por Lwkas em 08/08/2015 - 00:48h


Muito bom mesmo.....


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