GINGA - Software Livre para TV Digital Brasileira

Apresento-lhes mais informações sobre o projeto que já virou realidade no Brasil. Ginga® é o nome da camada de software intermediário Aberto do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD). Um conjunto de tecnologias e inovações brasileiras que o tornam a especificação de middleware mais avançada e, ao mesmo tempo, mais adequada à realidade do país.

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Por: Paulo Roberto Junior - WoLF em 13/04/2009


Set-top Box Virtual de desenvolvimento Ginga-NCL



Outra forma de conhecer o Ginga-NCL é em formato já pronto de máquina virtual:

Para baixar acesse: http://www.ncl.org.br/ferramentas/fedora-fc7-ginga-i386.zip

Após baixar, descompacte em uma pasta onde se localiza seu repositório de máquinas virtuais, tanto para VMWare, VirtualBox, entre outros.

Com informações de fácil entendimento, segue abaixo a melhor descrição do assunto, criado com os créditos dos próprios desenvolvedores:

"O Set-top Box Virtual Ginga-NCL é uma máquina virtual construída para facilitar o processo de distribuição e implantação do Ginga-NCL versão C++, a versão do player NCL que conta com os mais avançados recursos de apresentação de aplicações declarativas, melhor desempenho e maior proximidade de uma implementação embarcada em set-top boxes reais.

Analisando os reportes dos membros da comunidade Ginga, nota-se a dificuldade enfrentada por usuários não-avançados para colocar essa versão do Ginga-NCL em funcionamento em seus computadores.

Mas, ao mesmo tempo, vê-se que a demanda pelo uso da versão C++ vem crescendo, provavelmente motivada pela maior fidelidade de apresentação dos documentos NCL, se comparada à versão escrita em Java.

Uma máquina virtual é a implementação em software de um computador que executa programas tal qual uma máquina real. Ela pode ser vista como uma duplicata isolada de uma máquina real. Cabe ao software de virtualização multiplexar o hardware real gerenciado por um sistema operacional hospedeiro (host) entre diversas instâncias virtuais desse hardware, gerenciadas por sistemas operacionais convidados (guests). Os sistemas operacionais convidados não precisam ser o mesmo que o hospedeiro, e nem precisam ser os mesmos entre si. Isso quer dizer que em um sistema hospedeiro pode-se ter diferentes sistemas operacionais (e suas aplicações) executando ao mesmo tempo, concorrentemente, disputando o compartilhamento do hardware real.

Criar uma máquina virtual envolve a seleção de quais dispositivos de hardware estarão disponíveis para o sistema operacional convidado, qual a quantidade de memória, e outras configurações. Tal seleção é guiada por uma avaliação dos objetivos finais da máquina virtual. Uma vez configurada, a máquina virtual deve receber a instalação de um sistema operacional convidado, dos pacotes de sua distribuição e de softwares de terceiros.

Assim, a virtualização se torna um atrativo veículo para distribuição de software, principalmente daqueles que possuem alta complexidade de compilação, instalação ou personalização junto ao hardware e serviços. E essas mesmas características são encontradas no Ginga-NCL.

A máquina virtual fedora-fc7-ginga-i386 foi criada e configurada pela equipe do Laboratório TeleMídia da PUC-Rio utilizando o software VMWare Workstation 6 (trial). As características de hardware configuradas para a máquina virtual estão exibidas na figura ao lado.

O sistema operacional instalado é Linux, distribuição Fedora Core 7. A instalação foi otimizada para incluir apenas os pacotes de software essenciais para o desenvolvimento do Middleware Ginga e para a execução do gingaNclPlayer versão C++. Dessa forma, foram excluídos programas populares como todo ambiente gráfico X/GNOME/KDE, e suas ferramentas. O objetivo é gerar um ambiente muito próximo a um set-top box de desenvolvimento real. A maior diferença é que nosso set-top box virtual é capaz de recompilar os programas que executa e possui a mesma plataforma de hardware de um PC. E, infelizmente, não vem com controle remoto...

Os principais pacotes de software instalados são:
  • gingancl-cpp (mais recente)
  • kernel 2.6.23.1
  • GNU toolchain (gcc 4.1.2-27, glibc 2.6-4)
  • directfb 1.0.1 (extras & examples)
  • xine-lib 1.1.7
  • gingancl-cpp-devel (código fonte)

Com tudo isso, a máquina virtual apresenta como principais vantagens:
  • Instalação descomplicada, pois tudo está pronto, não há configurações de kernel ou boot a serem feitas
  • Portabilidade entre diferentes sistemas operacionais
  • Ótimo ambiente de testes de aplicações NCL / NCLua.
  • Ambiente completo para os desenvolvedores do middleware

Obs.: O STB Virtual vem pré-configurado com o uma resolução de 640x480, baixa dessa forma para otimizar o uso da CPU. Usuários com alguma experiência em framebuffer e directfb podem modificar a resolução conforme suas necessidades.

1.2. Requisitos para o funcionamento do Set-top Box Virtual de Desenvolvimento Ginga-NCL

Requisitos de Hardware:
  • Arquitetura Intel.
  • Pentium 4 3.0GHz ou melhor. HyperThreading recomendado. Duplo núcleo ideal.
  • Memória RAM de 1 Gb ou maior. 2 Gb recomendado.
  • Placa Aceleradora de Vídeo com 64Mb ou maior. Chipsets nVidia e ATI recomendados.
  • Disco rígido com 5Gb livres.
  • Placa de som

Requisitos de software:
  • Sistema Operacional: Windows XP (ou posterior), ou Linux, ou Mac OS X.
  • Software de virtualização: VMWare Player (Windows ou Linux) ou VMWare Workstation (Windows ou Linux) ou VMWare Fusion (Mac OS X).

Os requisitos de hardware podem ser relaxados se o usuário se limitar a aplicações NCL mais simples, que incluem mídias de baixa resolução e que evitam a renderização em paralelo de diversos vídeos e áudios. "

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Páginas do artigo
   1. O que é GINGA
   2. Sistema de TV Digital: Uma visão geral rápida
   3. Set-top Box Virtual de desenvolvimento Ginga-NCL
   4. Convite a todos
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Comentários
[1] Comentário enviado por Teixeira em 13/04/2009 - 08:33h

Excelente artigo. Parabéns ao colega, e também a todos os que tem-se dedicado a esse interessante projeto.

Embora não se comente tanto qunto deveríamos, o Brasil tem-se destacado ao longo do tempo em diversas atividades muito bem sucedidas.
No entanto, nós brasileiros passamos a adotar uma postura quase anti-nacionalista, onde vemos nosso país sempre de uma forma depreciativa. Isso não é bom.

Estou ansioso em ver o Ginga em funcionamento.

Apenas uma coisa "não entendo":
Sendo um projeto brasileiro, e denominado "Sistema BRASILEIRO de Televisão Digital", por que os dizeres que acompanham o LiveCD estão EM INGLÊS?
Tanto quanto eu saiba - e pode ser que eu esteja redondamente enganado - os sistemas americano, ou inglês, ou de outros países que adotam o Inglês como idioma oficial, são diferentes do nosso.
Pelo menos eram, há algum tempo atrás.
Mas acho que já respondi no final do segundo parágrafo deste comentário.

A propósito, seu artigo está em meus Favoritos, para consulta e referência posteriores.

Um grande abraço.

[2] Comentário enviado por darkjeff em 13/04/2009 - 12:25h

paulorvojr, parabéns pelo belo artigo, é sempre importante estar divulgando o software nacional, afinal de somos brasileiro e devemos ter orgulho do que é desenvolvido aqui.

Um forte abraço!

[3] Comentário enviado por valterrezendeeng em 13/04/2009 - 22:12h

Parabens!!!!!

Um excelente texto, que expõe o trabalho de brasileiro para o Brasil...

Temos que parabenizar a todos e incentivar mais este trabalho.

Estou aguardando para utilizar esta tecnologia em casa...



Abraço e parabens

[4] Comentário enviado por orionnunes em 15/04/2009 - 17:29h

Não consigo colocar fé no projeto de Tv digital no micro sem passar pela minha mente a barrinha de loading escrito embaixo "Buffering" :D


E sobre o "Ser nacional e a documentação estar em Inglês"... http://www.dreamlinux.com.br/ Distro totalmente Nacional...que de Nacional só tem o .com.br XD




[5] Comentário enviado por Teixeira em 16/04/2009 - 07:01h

Apenas que no caso de uma distro, a coisa é um pouco diferente, pois pode perfeitamente ser usada lá fora.
Interessante é que o Kurumin é totalmente em Português e é usado em países que não têm muita intimidade com nosso idioma.
Já no caso do Ginga, onde o sistema é específico para as terras tupiniquins, fica parecendo que o pessoal quis aparecer mais do que o necessário, e extrapolar seus - nada pequenos - méritos.

[6] Comentário enviado por mestevao em 17/07/2009 - 13:58h

Gente! O Ginga promete, mas tenho ressalvas. Se tratando do ambiente de desenvolvimento, por enquanto, ele deixa muito a desejar. Estou trabalhando no desenvolvimento de aplicações e na montagem de um ambiente de desenvolvimento com produtividade. Vejo que as ferramentas disponíveis são embrionárias e mais orientadas para o uso acadêmico. Acho que o maior problema é o fato de não existir o emulador do set-top-box com debug e sem a necessidade de uma máquina virtual. O Composer possui uma série de limitações. Entendo o porque da implementação do virtual set-top-box com o DirectFB, mas para um ambiente de desenvolvimento deveria haver a possibilidade de setrabalhar com as demais aplicações no ambiente gráfico. De fato, carece ainda de uma série de ferramentas para o desenvolvimento e por conta disto se complica a difusão do Ginga na comunidade desenvolvedora.


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