Configuração: Parte 2 - Arquivo de configuração do Samba
O Samba, assim como muitos outros servidores
GNU/Linux, deve ser configurado alterando-se os parâmetros presentes em um arquivo de configuração, e estes parâmetros alterados, serão então, futuramente, carregados nas variáveis do software servidor, durante sua inicialização.
O arquivo de configuração do Samba encontra-se em:
/etc/samba/smb.conf
É recomendável renomear o arquivo, pois, iniciaremos a configuração de nosso servidor a partir do zero!
# mv /etc/samba/smb.conf /etc/samba/smb.conf.original
Aqui, utilizaremos o editor de textos
Nano, por ser o editor de textos padrão do GNU/Linux, isto é, o mesmo encontra-se por padrão, em qualquer distribuição GNU/Linux, ao contrário do
Vim/Vi, entre outros:
# nano /etc/samba/smb.conf
Em seu terminal, neste momento, você deve estar visualizando um arquivo novo, recém-criado por você, utilizando o editor de textos
Nano.
O arquivo de configurações Samba está dividido em seções, e cada seção é representada da seguinte forma:
"[nome da seção 1]" "[nome da seção 2]"...
Para configurar o Samba, iniciaremos pela seção
global.
# A seção global contém parâmetros de configurações globais, os quais serão aplicados a todo o
#servidor, e a todo compartilhamento.
[global]
server string = nomedoserver #Nome DNS
netbios name = nomedoserver #Nome NetBIOS
workgroup = WORKGROUP #Grupo de trabalho das máquinas Windows
#Opções para security:
# none - Nada de senhas!
# user - Requer uma senha Unix, mesmo antes mesmo de escolher o compartilhamento ao qual
#pretende acessar.
# share - Requere uma senha Unix, apenas se ao acessar o compartilhamento você não tiver
#permissões para acessá-lo.
security = share
#No arquivo de log, serão armazenadas informações sobre cada conexão realizada ao servidor.
#'%m' é uma variável que corresponde ao nome da máquina que acessar o servidor Samba.
log file = /var/logs/samba/samba.log #para um log centralizado
#log file = /var/logs/samba/%m.log #para um log por máquina conectada
Depois de terminada a configuração global, deve-se configurar os compartilhamentos:
#Compartilhando
#[nome do compartilhamento]
[Publicidade e Marketing]
comment = Acesso Restrito ao setor de Marketing
path = /samba/marketing
public = yes #Acesso sem senha, público (yes ou no)
writable = yes #Permitir alterações no diretório? (yes ou no)
#valid users = deixe para mais tarde #Mais tarde!
Já é possível testar nossas configurações.
Vamos, para isso reiniciar o serviço do Samba:
# /etc/init.d/samba restart
Ou:
# /etc/init.d/samba stop
# /etc/init.d/samba start
Ou:
# service samba restart
Ou ainda:
# service samba stop
# service samba start
Vamos testar nossa configuração!
Em um computador Windows, presente na mesma rede e configurado no mesmo grupo de trabalho do Samba, chame o diálogo
Executar, e então, digite:
- \\[server string]
- E aperte: OK
Caso tenha escolhido o valor
none ou
share para o parâmetro
security, nenhum prompt de senha será apresentado.
Caso tenha escolhido o valor
user para
security, terminaremos a configuração na seção "Configuração - Parte 3 (Configurando Permissões)".
Você, provavelmente, terá acesso com permissões de somente leitura ao diretório "Publicidade e Marketing". Configuraremos isso mais tarde.
Curiosidade
Sabe por que não se deve convidar usuários ao servidor, com frases do gênero: "Bem-Vindo ao compartilhamento..."?
Certa vez, um hacker invadiu um dos servidores de uma certa empresa, e ao ter acesso ao shell da empresa, recebeu a seguinte mensagem "Bem-Vindo à empresa y".
Mais tarde, o mesmo foi descoberto, e julgado em tribunal. Porém, o mesmo alegou ter sido "bem recebido" na empresa, e ganhou a causa, sem sofrer penalidades.
Agora, lhe pergunto: Você convidaria um hacker ao seu servidor?