Solução 2 - Incluindo o arquivo de implementação no arquivo de cabeçalho
Alguns programadores relutam em usar o método 1 apresentado acima, pois ele mistura a implementação com a definição da função. Imagine uma empresa querendo vender um programa, mas não quer divulgar o seu código fonte (implementação). Para que o programa funcione, obviamente as bibliotecas usadas e os objetos compilados são estritamente necessários para o funcionamento do programa. Com certeza, a empresa não gostaria muito de deixar funções de implementação em suas bibliotecas.
Como alternativa ao método 1, uma outra alternativa é pode ser aplicada:
arquivo.hpp:
arquivo.cpp:
main.cpp:
Com isso teremos abstração (definição e implementação da função) e aplicação (utilização da função) no mesmo arquivo que será compilado, o main.cpp. Dessa forma o compilador saberá o que fazer.
Este método é praticamente o mesmo que o 1º. A única diferença é que separamos a implementação da definição da função.
Como toda a informação se encontra indiretamente no main.cpp, a compilação do arquivo.cpp torna-se desnecessária.
Bom, basicamente é isso. Estes são os dois métodos mais utilizados, e relativamente fáceis.
Espero ter ajudado. :)
Obs.: Quaisquer dúvidas ou correções de alguma besteira que eu possa ter dito, me corrijam, por favor! ;)
Glossário
Aqui vão algumas descrições sobre termos um pouco mais técnicos utilizados no artigo.
Abstração: é onde definimos/implementamos a função; onde escrevemos o seu código.
Aplicação: é onde utilizamos/chamamos a função.
Implementação de função: é onde escrevemos o código da função.
Modularização: é um padrão/técnica de projeto na qual "quebramos" a solução do problema em módulos. Veja mais detalhes na wikipedia aqui.
[2] Comentário enviado por an_drade em 05/03/2008 - 12:07h
Olá hbobenicio,
Na realidade, você não compila o Template e seu código, e sim o código que usa este. Isto pode parecer uma boa solução (na realidade, o é) mas tem um inconveniente muito ruim: se você usa este template em 10 lugares diferentes em seu código (sei lá, imagine 10 classes distintas), o código do template será compilado 10 vezes. Isso é péssimo para programas grandes, onde temos bem mais de 10 classes distintas (ou mesmo, pedaços de códigos espalhados por vários arquivos). É só tentar compilar o Firefox ou o KDE (se não me engano, os 2 usam muitas das classes STL).
Uma vez li em algum lugar que existe uma maneira de pré-compilar estes templates, um processo parecido com pré-compilação dos arquivos de cabeçalho, aumentando a velocidade total de compilação. Este processo gera um código intermediário otimizado que facilita a compilação dos códigos que a utilizam.
[3] Comentário enviado por hbobenicio em 05/03/2008 - 12:42h
an_drade,
é verdade, os templates só podem ser compilados se não forem separados do código que os chamam, não tem como fugir disso. Na verdade é assim que eles funcionam... o compilador descobre quais são os tipos que o seu código usa/precisa e gera a informação necessária.
Essas, como eu cito no artigo, são os métodos "mais fáceis" de se fazer tão "façanha". O que é feito é uma simulação dos padrões de modularização.
Condordo, quando o programa toma grande dimensões é desaconselhável que se use muito (ou mesmo algum) templates no seu código. É o famoso TRADE-OFF: templates podem ser "uma mão na roda" r diminuir muito trabalho, mas se o projeto ganha proporções muito
grandes, podemos ter problemas como os citados por você. Cabe a cada programador fazer sua escolha :D
abraços e obrigado pelo comentário. (pro humbhenri também).
[5] Comentário enviado por daniel.franca em 23/05/2008 - 13:19h
Bom o artigo.
Fiquei com uma duvida, vc cita o fato do código ficar visivel a quem for usa-lo pelo primeiro método. Porém no segundo metodo isso tb ocorre já que o codigo fonte (.cpp) não poderá estar compilado.
Vi q vc tratá bastante de C nos artigos, eu encontrei um tutorial de ponteiros na internet, o achei muito bom. Eu postei ele no meu blog, se quiser conferir está em: http://tecnosapiens.wordpress.com
Dicas de posts e comentários tb são bem vindos.