Como um Linuxer pode ajudar Tux, o pinguim, a ficar cada vez mais gordinho!

Algumas ideias e dicas de um iniciante no mundo Linux sobre como aumentar o interesse daqueles que fogem do sistema do pinguim. Digo, os usuários de sistemas proprietários.

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Por: Eduardo Querido em 25/03/2015


O Linux para mim...



Pois é, puxando do título, o Linux para mim é muito "fera". Mas continua sendo mal vendido no mundo dos softwares proprietários. E aí a turma pergunta: "então, o camarada nem chegou ao mundo de Tux e já está tirando sarro com a nossa cara?"

Não, não é bem assim. Só quero tentar fazer esse pinguim mais barrigudinho!

Mais ou menos um ano atrás, consegui convencer minha esposa a ceder um de nossos computadores para experimentos; tomei coragem e busquei ajuda na internet. Imediatamente apareceu em meu socorro uma página, muito charmosa, chamada 'Viva o Linux', à qual me afiliei imediatamente e onde pedi auxílio para os primeiros passos:
Por quê fiz isso? Simples! Tenta você sozinho migrar do Windows para o Linux, sem saber que existem zilhões de distribuições diferentes. E que tudo isso continua sendo Linux. Que umas são Rolling Release e outras não, que existem pacotes, repositórios, que daqui para frente é TUDO do jeito que você determinar (você é quem monta a máquina. Ficou poderoso o carinha, né!), e dentro de cada versão as sub-varições (KDE, GNOME 2, GNOME 3, MATE, Xfce, LXDE...) e que tudo é a mesma coisa.

Só que não! Uns são lindos; outros parecem feitos de LEGO! Mas são todos Linux (Linux Mint, Manjaro, Fedora...). E assim vai!

Ah! E sem contar a minha predileta, vai convencer o carinha que na metade do século XXI tem que voltar à malfadada telinha preta, estilo DOS, que ele amava ter esquecido em função de telas superpoderosas de mais de 16 milhões de cores que permitiam a ele jogos, vídeos e tudo mais, sem ter que decorar comandos e chaves e...

Bem, acho que deveria existir dois mundos: o mundo Linux em terminal (para os "experts", cabeçudos que manjam tudo) e um mundo Linux visual que, graças a Deus, já está sendo mais aceito pela 'Comunidade' e que é fator decisivo de expansão para novos usuários.

Mas, por que citar toda essa saga? Explico! Para ilustrar que se os Linuxers pretendem mesmo abocanhar uma maior fatia de mercado no nível desktop, incentivando crianças, idosos, professores, servidores públicos... Gente que quer usar a máquina, mas muitas vezes não tem dias ou disposição para encarar horas de estudo e buscas na web, o que fazer?

Então, a meu ver, deveríamos:

1. Quando questionados pela primeira vez por um novato em Linux, mostrar que não é como lá nos sistemas proprietários, que se engole a versão final do produto e ponto. E, para isso...

2. Mostrar que, apesar de uma base só (kernel), existem várias distribuições Linux diferentes e elencar os mais didáticos (e aqui pontuo a equipe do Manjaro, que apesar de ter uma plataforma linda e gráfica, além do módulo em texto, não me pareceu ser voltada à iniciantes em Linux).

Depois disso, ajudar a escolher, dentre elas, as versões mais adequadas a cada perfil, sem nos esqueceremos de apresentar os tais sabores de cada uma delas, né não?! Afinal, o carinha não tem culpa nenhuma de não conhecer em minúcias as peculiaridades do novo sistema que quer usar e, já que estamos de cicerones, não custa nada fazer bem feito.

3. Explicar as principais vantagens e desvantagens de cada sistema e, nesse caso quem fez bonito foi Xerxes Lins em seu artigo ao VOL: E em:
4. Explicar que as distribuições estão em constante aperfeiçoamentos e melhorias e, que por isso, é importante aprender a fazer backups de seus arquivos. E ainda, como proceder com as atualizações na distribuição escolhida por ele, tal como fez a equipe do Linux Mint num artigo chamado How to upgrade to a newer release.

5. Pontuar coisas como a incidência de vírus, uso de Firewall; procedimentos de segurança de uma forma geral.

6. Na instalação não podemos nos esquecer de mostrar as diferenças. E um exemplo importante é a figura da Memória Virtual (SWAP), como em:
Dentre outros. Acho que a lista seria bem maior.

Conclusão

Bom, a esta altura do texto, os usuários de Linux (linuxers, para quem não sabe) já devem estar a ponto de me esconjurar, mas volto a fazer a pergunta: queremos realmente ver nosso querido Tux (nome da mascote do sistema Linux, o famoso pinguim) cada dia mais e mais gordinho?

Se a resposta for sim, acho que seria de bom tom que fossemos assim bem humildes, ajudando, divulgando e multiplicando cada vez mais nosso "Espirito Livre".

Muito obrigado pela oportunidade e até a próxima.

Abraços,
E. Querido.

   

Páginas do artigo
   1. O Linux para mim...
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Comentários
[1] Comentário enviado por Ang em 25/03/2015 - 14:49h

Aqui em casa eu sou o único que utiliza Linux.
Meu pai e minha mãe usam ruWIndows. Até tentei convencer à usarei Linux comigo, mas não dá!
Mas, eu quando migrei para o Linux descobri que eu queria mesmo era um SO livre!

Ang,
Manaus, AM, Brasil.
Usuário Linux,
Distros Favoritas: Bodhi Linux, Ubuntu, Big Linux, Kurumim, OpenSUSE e Slax.

[2] Comentário enviado por nandosilva em 25/03/2015 - 22:17h

Muitos usuários de Windows estão muito acostumada com o sistema e não querem aprende algo diferente que não seja Windows muitas vezes por preguiça. Quem usava Windows XP ou 7 quando surgiu o Windows 8 deve que aprender um monte de coisas pois toda a interface foi completamente modificada do que os mesmos estavam acostumado e aprenderão na marra pois não tinha outra opção; já se dê para eles uma distro LInux com um menu bem acessível e com um tema bem parecido com o Windows XP ou 7 e tendo os mesmos programas equivalentes muitos dizem que é difícil não dá para usar, o que falta é vontade de aprender algo diferente do Windows. Quando ao terminal Linux só usa quem quer pois nas distros mais completas você faz tudo graficamente igual ao Windows, eu pessoalmente prefiro fazer algumas coisa pelo terminal é mais fácil controlar alguns detalhes, principalmente a instalação de pacotes. Tenho amigos mais experientes em Windows que quando querem mexer em alguma configuração mais complexa do Windows, eles utilizam uma janela MS-DOS pois algumas configurações complexas não existem um programa gráfico dentro do Windows para isto, ou que no caso seria como usar uma janela de terminal no Linux, então qual é a dificuldade ?
Eu comecei no Windows 3.11 e nunca tive problemas de aprender a usar o Linux, não pratica não existe grande diferença entre os dois sistema na forma de utiliza-los e olha que quando comecei eu nem tinha internet (nem mesmo a discada), era CDs que viam nas revistas adquiridos nas bancas de revista, banda larga na época era poucos que tinha.
Agora se um usuário Windows ou Linux pegar um micro da Apple, para usar ai sim a diferença é muito grande em relação aos PCs, principalmente na forma de gerenciar arquivos diversos.
Já tive oportunidade de testar um IPAD, toda forma de uso é muito diferente do Android ou Windows Phone, particularmente não gostei, não por ser muito diferente e sim porque muitas coisas como fazemos num Android ou Windows Phone não tem nem algo parecido ou equivalente e o IPAD não utiliza gerenciador de arquivos como padrão, mas você pode adquirir um na loja da Apple, todos os arquivos a ser acessado tem que ser feito diretamente pelo programa que está associado a ele.

[3] Comentário enviado por Ang em 25/03/2015 - 22:41h


[2] Comentário enviado por nandosilva em 25/03/2015 - 22:17h

Muitos usuários de Windows estão muito acostumada com o sistema e não querem aprende algo diferente que não seja Windows muitas vezes por preguiça. Quem usava Windows XP ou 7 quando surgiu o Windows 8 deve que aprender um monte de coisas pois toda a interface foi completamente modificada do que os mesmos estavam acostumado e aprenderão na marra pois não tinha outra opção; já se dê para eles uma distro LInux com um menu bem acessível e com um tema bem parecido com o Windows XP ou 7 e tendo os mesmos programas equivalentes muitos dizem que é difícil não dá para usar, o que falta é vontade de aprender algo diferente do Windows. Quando ao terminal Linux só usa quem quer pois nas distros mais completas você faz tudo graficamente igual ao Windows, eu pessoalmente prefiro fazer algumas coisa pelo terminal é mais fácil controlar alguns detalhes, principalmente a instalação de pacotes. Tenho amigos mais experientes em Windows que quando querem mexer em alguma configuração mais complexa do Windows, eles utilizam uma janela MS-DOS pois algumas configurações complexas não existem um programa gráfico dentro do Windows para isto, ou que no caso seria como usar uma janela de terminal no Linux, então qual é a dificuldade ?
Eu comecei no Windows 3.11 e nunca tive problemas de aprender a usar o Linux, não pratica não existe grande diferença entre os dois sistema na forma de utiliza-los e olha que quando comecei eu nem tinha internet (nem mesmo a discada), era CDs que viam nas revistas adquiridos nas bancas de revista, banda larga na época era poucos que tinha.
Agora se um usuário Windows ou Linux pegar um micro da Apple, para usar ai sim a diferença é muito grande em relação aos PCs, principalmente na forma de gerenciar arquivos diversos.
Já tive oportunidade de testar um IPAD, toda forma de uso é muito diferente do Android ou Windows Phone, particularmente não gostei, não por ser muito diferente e sim porque muitas coisas como fazemos num Android ou Windows Phone não tem nem algo parecido ou equivalente e o IPAD não utiliza gerenciador de arquivos como padrão, mas você pode adquirir um na loja da Apple, todos os arquivos a ser acessado tem que ser feito diretamente pelo programa que está associado a ele.

Concordo!

[4] Comentário enviado por Alevian em 25/03/2015 - 23:57h

Quem nunca teve este ímpeto de dividir com parentes, amigos ou mesmo pessoas distantes uma descoberta agradável como a de usar GNU/LINUX?

Confesso que meu ânimo, nesse sentido, anda meio arrefecido.
Depois de mais de 7 anos usando e falando sobre GNU/LINUX, conto nos dedos de uma mão as pessoas que influenciei e que continuam usando nosso sistema.

Em geral, instalam em uma máquina, usam e gostam, mas depois de um tempo compram máquina nova com Windows 8 e não fazem questão absoluta.

Comecei com Mandriva, que tinha uma comunidade muito legal, mas deu uma balançada.
Passei para o Ubuntu, comunidade maior, com mais documentação, mas que não tem muita gente pra pegar na sua mão na hora do perrengue.
Passei ao Debian, fórum com tópicos praticamente sem respostas.
Fui ao Slack, que tem em seu fórum uns bons gatos pingados, mas com pouquíssimos tópicos atuais e ativos.

Acho que, além dos usuários, faltam as velhas "install fest" (resolvendo o problema de dual boot com W8), faltam camisetas, falta vontade de não deixar nenhum tópico de fórum sem solução (custe o que custar!).
Tenho centenas de horas com o sistema. Certamente sou desprovido de um cérebro super dotado, mas compenso com a força de vontade e alguma dedicação, além de considerar isso aqui um hobby, algo bonito, instigante. E até me divirto um pouco, com tipos como o albfneto.

A maioria das pessoas quer outras coisas. Realmente, tudo pronto, continuar com a manada.
Por outro lado, pouca gente ainda curte desktops.
Até escolas renomadas de Linux agora focam em nuvem.

E não temos muita condição de criticar o povo, com tantas "facilidades" no mundo GNU/Linux e com o próprio kernel tão "adaptado" às máquinas fechadinhas fechadinhas... O sonho de Stallman parece um tanto mais distante.

Ainda assim, que continuemos a nos divertir e a perseguir não só software, mas também o hardware, cada vez mais livre, independentemente da necessidade maior ou menor de "propagação da boa nova".




[5] Comentário enviado por hrcerq em 26/03/2015 - 11:20h

Muito bom seu artigo. É sempre legal ver pessoas "entrarem" no mundo do GNU/Linux. Quando apresento o sistema a outras pessoas, muita gente acha legal, mas fica com medo de eventualmente ter algum problema e não conseguir resolver por conta própria.

Ainda assim acredito que é mais uma questão de boa vontade. Eu sempre digo a todos: se você quer conhecer o sistema, não entre de cabeça, conheça aos poucos. Use uma VM, faça dual boot, use um live CD ou instale num computador do qual não dependa. Dessa forma vc vai testando o sistema sem compromisso até sentir confiança para migrar.

Tive o prazer de apoiar dois colegas de trabalho nessa migração, mas o maior acontecido foi convencer meu pai a instalar o Fedora no computador dele. Na verdade eu que instalei pra ele, mas depois disso ele passou a usar no dia a dia, sem grandes problemas, mesmo tendo pouca proficiência técnica. No começo eu tive que ensinar o básico pra ele, mas depois ele conseguiu se virar. Vez ou outra ele tira uma dúvida comigo, mas é muito raro.
---

Atenciosamente,
Hugo Cerqueira

[6] Comentário enviado por removido em 29/03/2015 - 12:51h

Aqui em casa o notebook da patroa só roda linux. Meu netBook tbem só roda linux. Mas desktop gamer tem dual boot pq games é com windows

[7] Comentário enviado por BrKabal em 29/03/2015 - 21:45h

Assim que comprei um notebook, ele veio com o Win7. Usei esse SO por um bom tempo até ter sérios problemas com vírus -- que um nem um antivírus caríssimo deu conta --. Isso foi a gota d'água. Resolvi então migrar pro Linux. Já sabia que o pinguim era mais seguro, mas não mudei antes por medo. Sim, medo.
O Linux me assustava. Achava que era impossível de usar para alguém com pouco conhecimento sobre o assunto.
Acho que isso é o que boa parte dos não-linuxers pensa.
Instalei o Mint e descobri que o básico podia ser feito por meio da interface gráfica sem grandes problemas.
Mas também descobri o quanto usar o terminal é prático e que valia pena estudar.

[8] Comentário enviado por adrianoh2 em 31/03/2015 - 07:55h

Gosto destas discussões. Em especial porque promove o desafio de melhorar. Falo de uma área que realmente o Linux está atrasado, e precisamos melhorar muito, a área de softwares gráficos. Em minha casa é o Windows que fica na virtual box, uso e prefiro o Linux, adotei como meu SO principal, mas não foi possível migrar de softwares como o Corel, Photoshop para seus equivalente em Linux. Apensar do GIMP ter seu crédito, ele ainda deve em organização e algumas ferramentas que poderiam ser mais intuitivos. Não precisa ser diferente para ser Linux, se é comum, aproveite esta idéia, e vá pelo fluxo. Falando em desenho vetorial, impossível usar o INKSCAPE para uma gráfica, é inviável. O dia a dia não permite isso. Você pode sozinho adota-lo, mas quando precisa interagir com clientes que trazem todo tipo de arquivo, ele sofre bastante. Outros? Tem, mas em sua maioria está travado por não poder utilizar o CMYK como saída. Tem sempre que fazer uma gambiarra para dar o resultado. Tem recurso pra isso? Tem, mas normalmente o desenvolvedor começa e desiste, porque não deu lucro. Uma pena, ter que trabalhar no Windows por isso, e em casa voltar para o SO que mais gosto. Ainda não consegui quebrar esta barreira, fiz até scripts para conversão de arquivos PDF para uso em gráficas, mas a realidade é que está longe de ser possível adota-lo profissionalmente na área gráfica/impressa/editorial.


[9] Comentário enviado por muril0 em 31/03/2015 - 13:24h

Concordo em partes com o texto, mas eu acredito que tudo que foi dito ai, serve para qualquer sistema operacional, afinal a maioria das coisas que você citou, também precisariam ser esclarecidas a quem quer usar os demais. O problema é que o win se tornou um padrão nas máquinas e seus usuarios tendem a nem se perguntar esse tipo de coisa, já saem utilzando o sistema sem nem se quer ter noção do que estão fazendo, e não adiantar falar que "A mas o windons é mais intuitivo", falacia! O tempo passou e hoje a maioria das grandes distribuições do Linux são tão ou mais intiutivas que o windows, na minha casa mesmo, minha esposa que não entende nada disso que você citou no texto, utiliza o Linux numa boa em sua maquina, da mesma maneira que qualquer pessoa leiga utiliza o windons e eu nunca precisei explicar nada disso pra ela.
Lógico que eu concordo que se queremos popularizar o sistema, devemos apresentar ele melhor, porém acredito que isso depende muito mais das pessoas estarem abertas as novidades.


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